Não só Pelé, como Zico e Romário estão à frente de Neymar pela seleção, mostra jornalista

Nesta sexta-feira (8), Neymar marcou dois gols na goleada do Brasil sobre a Bolívia e se tornou o maior artilheiro da seleção brasileira nas contas da Fifa, com 79. No entanto, o jornalista Ricardo Perrone aponta que a conta da entidade é uma “armadilha estatística”, pois pode gerar a sensação que o atual camisa 10 é o mais importante para seleção depois de Pelé.

A Fifa utiliza contagem própria para definir os artilheiros das seleções e considera apenas partidas oficiais, apesar de incluírem amistosos de Datas Fifa. A lista desconsidera amistosos da seleção com clubes e combinados, o que diminui estatísticas de outros jogadores da lista, que inclui Zico, Romário e Pelé, além de elevar o status de Neymar.

Leia mais: Vendeu tudo? Final ainda tem ingressos à venda muito mais de 24 horas após abertura

De acordo com o jornalista, a melhor forma de analisar o impacto dos jogadores que passaram pela seleção brasileira é através de média de gols por jogo e títulos. Dessa forma, Neymar teria as piores estatísticas do top-5.

Isso porque o atleta precisou de 125 jogos para marcar 79 gols e possui média de 0,62 gol por jogo. Zico, por exemplo, fez 66 gols em 89 jogos e apresenta a média de 0,74 tentos por partida da seleção. Além disso, os campeões do mundo Ronaldo e Romário também aparecem à frente.

Para Ricardo Perrone, a estatística concede uma avaliação mais precisa sobre a importância dos principais goleadores do Brasil. Isso porque dão uma visão melhor sobre o impacto de cada jogador em campo.

Vale destacar que a Confederação Brasileira de Futebol não considera Neymar o maior artilheiro da seleção. Afinal, a CBF considera todos os jogos disputados pela seleção na história e Pelé ainda possui grande vantagem: 95 gols com a camisa do Brasil.

Neymar cita Zico para falar sobre história na Seleção

Apesar de ser um nome histórico da seleção brasileira, Neymar ainda não levantou um título de Copa do Mundo. O camisa 10 deposita suas esperanças em escrever seu nome na seleta lista de campeões do mundo em 2026, mas entende que caso isso não aconteça, sua história pela Seleção não pode ser diminuída. Para explicar isso, o atacante citou a trajetória de Zico:

“Cara, eu espero, espero obviamente que um dia eu possa conquistar meu maior sonho que é conquistar a Copa do Mundo, isso é óbvio, mas às vezes isso não acontece. A gente tem um cara no Brasil que é um ídolo máximo, um dos maiores nomes da história do país, do Brasil, que é o Zico, e ele não tem uma Copa do Mundo. Isso não justifica a qualidade e o dom que ele teve, isso cabe da mesma forma comigo”, disse em entrevista recente ao GE.