Não se acha o que se tinha

27/08/2018, 12:43

Não tem comentário mais pronto, rápido e fácil do que detonar o treinador que, como Barbieri, ganhando o jogo contra o América, no Independência, mas perdendo desde os 19 do segundo tempo o único marcador como o expulso Cuéllar, vai trancando o Flamengo dele com volantes e até zagueiros até levar o empate. Na implacável Lei do Ex com Gerson Magrão. Volante que aproveitou rebote de falta de Marquinhos para marcar de cabeça o empate que se pode dizer justo em Belo Horizonte.

Gol que talvez saísse se Barbieri não tivesse trancado a equipe. Se aquela bola sobrasse limpa para Magrão do mesmo jeito alguém poderia dizer que faltava um cabeceador como Rhodolfo. E ele estava lá. Acontece... E tem ocorrido demais com o Flamengo. Sobretudo neste agosto do cachorro louco e do urubu enlouquecido pós-Copa.

Não é só Barbieri. Não foi só Léo Duarte em rara má jornada. Não é apenas o América se reestruturando com Adilson. Também é a tripla jornada que o Flamengo optou por não rodar tanto o elenco. Não rodou na Copa do Brasil. Mas patina no BR-18 que parecia rubro-negro como têm sido os ótimos jogos de Everton Ribeiro. E esta ameaçadíssimo no sonho maior de reconquista da América.

Também pelos gols bestas que leva. Por algumas decisões de banco que são justificáveis mas acabam dando errado. Pelo Paquetá que mesmo fazendo gol ainda não é aquele. Pelo Flamengo que perdeu mais do que Vinicius Jr.

E ainda não se reencontrou.

Mauro Beting, 51, não é Flamengo. Mas foi um pouco por Zico e em nome do melhor time que viu na vida (o Flamengo de 1981-82), que inspirou o melhor Brasil pelo qual torceu (o de 1982). Comenta futebol no UOL, Esporte Interativo e Jovem Pan. Diretor de documentários esportivos, escreveu 16 livros. Curador do Museu da Seleção e do Museu Pelé. Desde 2010 é comentarista do videogame PES. Desde 2017 corneta por aqui. Siga-o no Twitter: @Mauro_Beting.

Imagem destacada nos posts e nas redes sociais: Staff Imagens / Flamengo

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