Nadadores do Flamengo fecham Troféu Brasil com títulos e vagas em Paris 2024

13/05/2024, 10:37
Guilherme Caribé comemora vitória no 50m livre; atleta do Flamengo garante mais uma vaga nas Olimpíadas de Paris 2024

Guilherme Caribé e Murilo Sartori, ambos nadadores do Flamengo, estão garantidos na disputa dos Jogos Olímpicos de Paris 2024. Os atletas rubro-negros venceram suas respectivas provas no Troféu Brasil, que serviu como Seletiva Olímpica, e conquistaram vagas em diferentes modalidades. Caribé se classificou individualmente para os 100m e 50m livre, enquanto Sartori vai nadar no revezamento 4x200m livre.

Após vencer a prova e atingir o índice olímpico nos 100m livre, na quinta-feira (9), o atleta voltou para a água neste sábado e conquistou sua vaga também nos 50m. O nadador do Mengão cravou marca de 21s88 para vencer prova e ficar seis centésimos abaixo do índice olímpico. Assim, aos 21 anos, vai disputar duas provas individuais na primeira Olimpíada da carreira.

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Vale destacar que a presença do atleta mantém tradição de ter um nadador brasileiro na prova desde a integração no programa olímpico, em 1988. A modalidade, aliás, é a única que a natação masculina do Brasil já ganhou medalha de ouro em Olimpíadas, com Cesar Cielo em Pequim 2008. O ex-Flamengo ainda é dono do recorde mundial da prova com 20s91 em 2009.

No total, o país conta com quatro medalhas da modalidade na história dos Jogos. Além do ouro, bronzes de Fernando Scherer (Atlanta 96), Cesar Cielo (Londres 2012) e Bruno Fratus (Tóquio 2020).

Guilherme Caribé terá a torcida do Flamengo ao seu lado também no revezamento 4x100m livres masculino. Ele formará a equipe ao lado de Marcelo Chierighini (48s41), Gabriel Santos (48s83) e Breno Correia (48s84). Os três fecharam o top-4 no Troféu Brasil e foram convocados pela Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos (CBDA).

Murilo Sartori é convocado para revezamento 4×200 m livres em Paris 2024

Também nadador do Flamengo, Murilo Sartori foi campeão dos 200m livres no Troféu Brasil de Natação com tempo de 1min46s98, mas não atingiu o índice olímpico para a prova individual: 1min46s26. No entanto, um dos líderes do ranking brasileiro da CBDA, o atleta está entre os convocados para representar o Brasil no revezamento 4x200m.

Aos 22 anos, o nadador do Flamengo vai disputar a segunda Olimpíada de sua carreira em Paris. Ele nadou justamente a prova dos 200m individual e o revezamento em Tóquio 2020, quando tinha apenas 19 anos. Na ocasião, caiu na eliminatória individual e ficou em oitavo com a equipe brasileira.

Mas vale destacar que ele ainda tem chance de conquistar o índice olímpico para se garantir nos 200m livres. Ele volta a competir no torneio Sette Colli, que será em Roma, na Itália, entre os dias 21 e 23 deste mês de maio.

Atletas do Flamengo podem fazer história nos Jogos Olímpicos de Paris

O Flamengo já tem oito atletas classificados para Paris, número que deve aumentar com a proximidade dos jogos e convocações, e alguns atletas rubro-negros terão chance de alcançarem feitos inéditos. Além da revelação Caribé, esperança por briga de medalhas na natação, Rebecca Andrade e Isaquias Queiroz podem deixar a França como maiores medalhistas olímpicos brasileiros.

Atual campeão olímpico na canoagem, Isaquias Queiroz está retomando sua ótima forma justamente às vésperas da competição. Após 2023 em ritmo menos acelerado, o rubro-negro foi campeão mundial da categoria  C1 1.000m neste fim de semana, mesma prova que vai disputar em Paris.

Com um ouro (2020), duas pratas e um bronze (2016), o canoísta está a uma medalha de igualar os velejadores Robert Scheidt e Torben Grael como maior medalhista olímpico brasileiro da história. Scheidt venceu dois ouros, duas pratas e um bronze entre Atlanta 96 e Londres 2012, enquanto Torben conquistou dois ouros, uma prata e dois bronzes entre Seul 88 e Atenas 2004.

Quem também terá essa oportunidade e pode ultrapassar todos esses nomes é Rebeca Andrade. A atleta do Fla e certamente principal atleta olímpica do Brasil em atividade, a ginasta chegará em Paris com expectativa alta por medalhas. Com um ouro no salto e prata no individual geral em Tóquio 2020, ela tem total capacidade de vencer quatro medalhas e assumir liderança do ranking.

Vale lembrar que a geração da ginástica brasileira, que conta com quatro nomes rubro-negros, também classificou o Brasil para disputa por equipes no feminino. Ou seja, Rebeca pode ganhar também medalha coletiva, além das provas individuais de salto, solo, trave e individual geral que está entre favoritas.

Outros nomes do Fla em busca de medalhas serão a também campeã olímpica Rafaela Silva e o ginasta Diogo Soares. Basquete, caso classifique, e futebol feminino devem ser outras equipes que contarão com atletas do Flamengo.


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Matheus Celani
Autor

Jornalista graduado no Centro Universitário IBMR, 23 anos, natural do Rio de Janeiro. Amante da escrita e um completo apaixonado pelo Flamengo, vôlei e esportes olímpicos.