Mundial de Clubes: analista do Flamengo detalha observações do torneio

Em meio a uma temporada tão cheia, com o Flamengo enfrentando várias frentes, a análise de dados dos adversários está constantemente mudando. E o Mundial de Clubes, grande novidade de 2025, não fica de fora.
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Gerente de análise de dados do Flamengo, Téo Benjamin explicou durante o "Web Summit Rio" um pouco mais sobre o próprio trabalho, que envolve fornecer análises baseadas em números para fortalecer diferentes áreas do clube.

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Esses números podem ser relacionados a jogadores e adversários, e servem para a análise de desempenho em si e outras áreas, como fisiologia e scout. O foco, obviamente, é a comissão técnica de Filipe Luís.
O trabalho, segundo ele, não é fácil — e justamente porque o Flamengo vive um momento em que precisa ser considerado em todas as competições que disputa, aumentando o número de jogos no ano.
"É muito difícil, porque o calendário brasileiro tem muitos jogos. E o Flamengo, se tudo der certo, chega nas finais. Então, a gente joga quarta e domingo, quarta e domingo", analisou ao "Lance".
Mesmo com Brasileirão, Libertadores e agora a Copa do Brasil em andamento, Téo garantiu que o trabalho de observação já está sendo feito de olho no Mundial, que começa no dia 14 de junho.
"Mas a gente conseguiu criar uma rotina para incluir olhares para os clubes do Mundial, ir se acostumando com as competições que jogam, contextualizando os adversários e tudo mais", explicou Téo.
O analista garantiu que a proximidade com o evento vai aumentando o nível de profundidade nas análises, já que a chance de encontrar o que se espera é maior. Afinal, os times mudam ao longo da temporada.
"Quando a gente chegar mais perto, vai mergulhar de fato. Até porque o Chelsea de fevereiro e março não é o mesmo que vai chegar lá em junho", afirmou.
Responsabilidade de encarar gigantes europeus
Por outro lado, ao falar sobre a possibilidade de encarar grandes times da Europa no Mundial, Téo demonstrou absoluta tranquilidade e garantiu que a equipe se sente preparada.
Segundo ele, o Flamengo tem consciência de que não é possível vencer sempre, mas o trabalho de todos está focado em gerar condições para que isso aconteça.
"No Flamengo, não existe a hipótese de não estar preparado. Todo mundo entende o nível de responsabilidade. Não vamos ganhar os 80 jogos, mas temos que chegar preparados para vencer todos", disse.
Uso de dados no trabalho de Filipe Luís
E a coleta de dados, naturalmente, tem como foco ajudar o time em campo. Para isso, precisa chegar à comissão técnica de Filipe Luís, que repassa e treina as orientações com os jogadores.
"O Filipe é um cara inteligentíssimo, que capta tudo muito rápido. Todas essas áreas levam informações para o treinador: é um oceano de informações", salientou Benjamin.
De acordo com Téo, o número de dados analisados é constantemente filtrado para chegar "mastigado" à comissão técnica, de forma a extrair o máximo possível do aprendizado.
"A gente tem que ser muito criterioso sobre qual tipo de informação levar. Vemos 100 pontos do adversário: cinco levamos para o analista de desempenho, três chegam para o Filipe e um para os atletas", disse.
Por fim, o gerente de análise rasgou elogios a Filipe Luís pela capacidade de entender as informações propostas. O interesse do técnico no assunto é vital para o funcionamento do processo.
"O Filipe é um cara muito rápido, muito bom em ligar esses pontos, entender as diferentes informações para tomar decisões. E que sabe e respeita os processos do clube", elogiou.
Antes de pensar no Mundial, porém, o Flamengo tem outros compromissos pela frente. Nesta quinta (1º), o time estreia na Copa do Brasil, contra o Botafogo-PB, às 20h (horário de Brasília). O jogo será em São Luís.