E o Flamengo continua perdendo tempo. A derrota humilhante para o Bragantino tira o véu do resultadismo de uma sequência de péssimos jogos contra times ruins que resultaram na soma de pontos. Eram dez jogos de invencibilidade, mas sem que nenhum desses pudesse ser visto como um grande jogo.
Nos primeiros, aceitava-se porque o importante naquele momento era pontuar para sair da crise. Depois, era importante se classificar nos campeonatos. E daí se sofremos 24 finalizações e duas bolas na trave contra o Grêmio ? Foi 3 a 0, BH fez um gol emocionante.
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Veio então a Data Fifa e o tal “tempo para trabalhar” que o argentino reclamava de não ter, junto. 10 dias de puro treino pra ele nos apresentar alguma evolução. E o resultado é esse aí. O placar dá um susto mas não se trata de nada diferente do que foi feito até aqui.
Trinta e seis finalizações em Brangança contra o Bragantino, 24 no Maracanã contra o Grêmio, bem como um sufoco danado contra o Racing em casa. Aceitaram isso enquanto não perdia, embuidos em algum tipo de fé de que se você repetir várias vezes de que melhorou, vai melhorar.
O inverno chegou, mas o futebol do Flamengo não. Nada de novo sob o sol. Ou sob as nuvens do inverno.
Por outro lado, o São Paulo de Dorival Júnior está a um ponto do Flamengo. Mas sabem como é né, “A gente tinha a leitura de que precisava trocar”, disse Marcos Braz. Afinal, tinham batido no teto. E agora que se abra novamente a temporada dos caçadores de “jogadores vagabundos” a fim de justificar o futebol ridículo apresentado.