MP quer indenização de R$ 100 mil de mulher de Landim por xenofobia
O Ministério Público do Rio de Janeiro solicitou à Justiça que condene Ângela Machado, mulher de Rodolfo Landim, a pagar uma indenização de R$ 100 mil por comentários xenofóbicos contra nordestinos. Após a eleição do presidente Lula, Ângela repostou na suas redes sociais um comentário chamando nordestinos de “carrapatos”.
“Ganhamos onde produz, perdemos onde se passa férias. Bora trabalhar porque se o gado morre, o carrapato passa fome”, compartilhou a mulher de Landim.
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No mês passado, Ângela foi indiciada por xenofobia pela Delegacia de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância.
Além de esposa do presidente, Ângela também é diretora de Responsabilidade Social do Flamengo. Seus comentários já seriam graves por si sós, mas são piores por virem da mulher do presidente do clube com mais torcida no Nordeste.
Apesar disso, Landim manteve a mulher no cargo e atribuiu a postagem dela a um “desabafo”. Ele também disse que ela tem direito de se posicionar politicamente.
Gestão Landim mostrou proximidade com bolsonarismo
Durante o governo Bolsonaro, a gestão Landim deu vários sinais de proximidade com o então governo. Inclusive, dirigentes do clube permitiram que Bolsonaro estivesse presente no desembarque do Flamengo com a taça da Libertadores no dia da eleição presidencial. Landim também concedeu título de sócio honorário do Flamengo a Mauro Cid, ajudante de ordens de Bolsonaro preso por suspeita de fraudar o comprovante de vacinação contra Covid do presidente e operar um esquema de rachadinha no Palácio do Planalto.
Desde 2019, a gestão Landim nega ter afinidade ideológica com o bolsonarismo e atribui as relações com o governo a questões institucionais. Desde a troca de comando no Palácio do Planalto, porém, a diretoria já emitiu notas contra a MP das Apostas e a Lei Geral do Esporte. O vice-presidente Rodrigo Dunshee também criticou a MP das Apostas em sua conta pessoal no Twitter, além de estar sob suspeita de ter ofendido Lula em um perfil fake.
