Milhões pra quê? Conselheiros cobram dirigentes do Flamengo ao votar patrocínio

Os conselheiros do Flamengo aprovaram nesta quinta (5) por unanimidade o novo contrato de patrocínio da Pixbet, que pode render até R$ 170 milhões em duas temporadas ao Flamengo. Entretanto, alguns deles pediram uso da palavra para cobrar os dirigentes pelo mau uso desses recursos no futebol.
Após elogiar o trabalho do Marketing, a conselheira Marion Kaplan indagou para que servia aprovar contratos de milhões se o Flamengo gastava o dinheiro para pagar multas milionárias a técnicos. Ela cobrou que haja no departamento de futebol o mesmo profissionalismo do Marketing e das Finanças.
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Outros conselheiros ecoaram as críticas. Um deles pediu a demissão imediata de todo o comando do departamento de futebol. Outro cobrou uma prestação de contas mais transparente dos gastos do futebol, inclusive das viagens de dirigentes com o grupo, e chamou o presidente Rodolfo Landim, ausente da reunião, de “capitão do Titanic que abandonou o navio”.
VP de marketing defende trabalho do futebol e desagrada Conselho
O vice-presidente de Marketing, Gustavo Oliveira, saiu em defesa do trabalho do departamento de futebol e disse que o “sarrafo subiu” ao citar todos os títulos ganhos nos 5 anos de gestão Landim. A fala não foi bem recebida pelos conselheiros, que ensaiaram uma vaia a Gustavo.
Além dele, estava presente na reunião o vice-presidente geral Rodrigo Dunshee de Abranches. Ele ouviu calado aos protestos dos conselheiros e não se manifestou. Além de Landim, o vice-presidente de Futebol, Marcos Braz, também não estava presente. Ele não costuma comparecer às reuniões do conselho.
Enquanto os conselheiros se reuniam, seguranças do clube intervieram para pedir a torcedores que parassem de xingar Braz e Landim durante um jogo do Flabasquete em um ginásio a poucos metros da reunião do Conselho.