Mexeu mal? Analista mostra erros de Filipe Luís em Cruzeiro x Flamengo

Atualizado: 05/05/2025, 18:03
Filipe Luís durante Cruzeiro x Flamengo

Filipe Luís é um técnico promissor e tem feito muito bem ao Flamengo, como dificilmente um rubro-negro negará. Mas na derrota por 2 a 1 para o Cruzeiro, muita da responsabilidade caiu sobre o treinador.

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Isso porque o técnico fez alterações que acabaram desfigurando um pouco o time, mas mais do que isso, demorou a fazer mudanças em um esquema sacrificante para alguns nomes importantes. É o que explica Victor Nicolau, analista tático do canal Falso 9.

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Primeiro, Victor cita acertos, como a confusão causada nos marcadores do Cruzeiro no campo ofensivo, que tiveram dificuldades de parar a saída de bola flamenguista. A dupla encarregada foi formada pelos dois jogadores com mais faltas na partida.

"Matheus Pereira estava ali para subir no Rossi, mas precisava fazer vigilância ao Léo Ortiz. O Christian também precisava baixar no De La Cruz, mas também seria o primeiro combate ao Alex Sandro. Foram os dois jogadores que mais fizeram faltas no jogo. Eles tiveram mais obrigações defensivas do que os outros, precisando fazer faltas táticas", comenta.

Outros acertos iniciais de Filipe Luís deixaram o Flamengo no controle do jogo diante do Cruzeiro. Até que o time bobeou e sofreu o primeiro gol.

"O Gerson queria aproveitar as costas do Christian. Ele tanto não pode ir no Pulgar, acaba libertando De La Cruz e Gerson. Foi essa a ideia do Filipe, muito inteligente, e o Flamengo conseguia sair. A saída de bola funcionou bem. Quando o time estava muito superior, e parecia ser questão de tempo a oportunidade de marcar, De La Cruz comete o primeiro de seus erros. Livre, ele foi bloqueado e o Cruzeiro colocou a bola no Kaio Jorge em um lance que estava controlado", lembra.

Analista diz que movimentos de Léo Pereira foram incorretos

Antes dos erros de Filipe Luís, quem errou foi Léo Pereira no lance do gol de Kaio Jorge, conforme explica o analista.

"O Léo Ortiz se aproximando do Léo Pereira para fechar a finalização com a canhota, e o Léo Pereira se preocupou demais com o pé ruim do jogador. Foi decisivo o Léo Pereira se preocupar com o chute por dentro, que já estava bloqueado pelo Ortiz. Condiciona ele a ficar de costas para o lance. Quando gira no próprio eixo, a bola já está no pé direito do Kaio Jorge", analisa.

Os erros de Filipe Luís em Cruzeiro x Flamengo

Com o retorno de Pedro, o analista indica que Arrascaeta e Gerson se desgastam mais por conta da marcação.

"Os caras mais avançados do Flamengo são Arrascaeta e Gerson. O Pedro marca Romero, primeiro volante centralizado. Isso faz com que o Pedro se movimente menos, gerando menos desgaste ao Pedro. Mas isso sobrecarrega o Arrascaeta e o Gerson, que estava ficando extenuado. O Gerson estava tendo que fazer esse deslocamento para marcar o zagueiro, e não o lateral. Pode fazer isso, mas vai ter que substituir rápido", explica.

A grande questão é que Filipe Luís demorou para mexer no time do Flamengo. E quando mexeu, era tarde, e não foi a melhor opção. Ele critica a entrada de Michael, com Bruno Henrique indo jogar centralizado e Juninho no banco.

"O Filipe toma uma decisão que não fez tanto sentido. Já eram 20 minutos do segundo tempo, já tinha feito a primeira troca por lesão. Jogo mais intenso da temporada no aspecto físico. Tinha exposto demais Arrascaeta e Gerson. Estavam ainda mais cansados. E ainda estava com Pedro em campo. Colocando o Bruno, o tinha melhorado. Mas ele tira o Pedro, que precisava sair, e ao invés de colocar o Juninho, que é ótimo na pressão alta, jogar de costas... Ele decide deslocar o Bruno para jogar de costas, aonde ele não vai tão bem, e coloca o Michael, com um metro e meio, em um jogo muito físico", detalha.

A queda de Gerson se dá pelo cansaço, e Michael jogando aberto em um jogo como esse foi crítica central do analista.

"O Gerson cai de produção porque ficou mais tempo sobrecarregado. A demora nas trocas em um jogo tão físico é inexplicável. Colocar o Michael e desfazer o que tinha acabado de fazer, colocando o BH no lado, é inexplicável", critica.

Por fim, ele aborda que 60% das substituições só foram feitas no fim do jogo, com Gerson e Arrascaeta saindo exaustos. O time, então, fica sem armação.

"O campo, nos ataques do Cruzeiro, ficava menos coberto. O Gerson não conseguia mais apoiar tanto o Wesley. Ele faz essas trocas aos 37 minutos do segundo tempo. Ele tem que tirar juntos Arrascaeta e Gerson. O time fica sem meia, com Bruno Henrique tendo que jogar de 10", completa. Veja a análise completa abaixo.