O Flamengo faz a gente passar e aceitar coisas inimagináveis. Alguns meses atrás, a Nação em peso, ao vivo ou pela TV, estava em frente a todo o time entoando um coro em “homenagem” ao então técnico da Seleção Brasileira.
A indignação com a não convocação de Gabriel e as convocações aleatórias que, ao longo de seu comando, desfalcaram sistematicamente o elenco ao longo dos anos revoltaram e transformaram, assim, a torcida em haters ferozes.
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O tempo passou. Perdemos a Copa. Chegou 2023, perdemos sete títulos de oito possíveis…
A sucessão de equívocos do alto comando do Rubro-Negro, com técnicos que mascararam e amassaram o futebol do Fla, deixou todo flamenguista nas cordas ao ponto de se agarrar ao Sr. Adenor, tão contestado, como tábua de salvação…
Perdoamos, mesmo que momentaneamente, todos os desfalques e a esnobada no nosso 10, ignoramos a falta de sintonia do esquema de jogo, fingimos que nossa malemolência combina com a rigidez do comandante e nos agarramos a esperança de um começo que faça renascer o time, o conjunto que sabemos que está lá, mas que após tanta incompetência, se escondeu em camadas e camadas de 39 formações diferentes.
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O Tite não conseguiu o time estelar na Europa que tanto almejava, o Flamengo não conseguiu um comandante que conduzisse suas estrelas aos títulos.
E o universo conspirou.
“Podem me chamar de mentiroso, mas vocês não verão o Tite em nenhum time em 2023.”
Bola no mato que ainda temos uma classificação da Libertadores para conquistar, futebol para ressuscitar e, por fim, quem sabe, um título para disputar.
Eu sempre acredito na força do Manto, no espírito vencedor e brigador do Flamengo que nos fez conquistar taças impossíveis e coroar heróis improváveis.
Vamos na marra.
Bem-vindo ao Maior do Mundo, Tite.