Mauro Cezar defende Flamengo e desmente Juca Kfouri ao vivo
Durante o programa Posse de Bola, do UOL, na manhã desta segunda-feira (27), uma polêmica surgiu. Os apresentadores fizeram uma enquete. O questionamento era sobre o time entregar um jogo para atrapalhar um rival. O Fluminense enfrenta o Palmeiras e alguns tricolores pedem que o time perca para que o Flamengo não seja campeão brasileiro. Juca opinou, mas Mauro Cezar não gostou.
Ao dar sua opinião sobre o assunto, Juca Kfouri reproduziu uma falácia que incomodou Mauro Cezar. O corintiano disse ter vergonha até hoje por conta do jogo contra o Flamengo, em 2009. Na ocasião, Felipe não pulou para defender o pênalti de Léo Moura. O Mengão venceu por 2 a 0, fora de casa.
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“Até hoje tenho vergonha de ver o Felipe não se movimentar na hora do pênalti, em Campinas. Levaram o jogo lá para o Brinco de Ouro para o vexame não ser aqui na capital. Quando o Corinthians entregou o jogo para o Flamengo. Morro de vergonha deste episódio. Acho absolutamente indefensável que se faça isso. (…) Meu time não pode entregar jogo para ninguém. Em nenhuma circunstância”, diz, antes de sofrer revés de Mauro Cezar.
Mauro Cezar, por sua vez, não deixou que a desinformação fosse proliferada. O jornalista ‘jantou’ o companheiro na mesa redonda e contou a versão correta.
“Primeiro, eu queria fazer uma correção com relação ao que disse o Juca. Essa é uma versão corintiana que se repete há anos de que o Corinthians entregou o jogo. Como se o Flamengo, em 2009, só tivesse sido campeão porque o Corinthians entregou. O Felipe tomou um gol de pênalti que não teria pulado. Esse gol foi aos 48 minutos do segundo tempo. Já estava 1 a 0, com gol do Zé Roberto“, lembra Mauro Cezar.
Mauro Cezar relembra texto para atestar péssimo momento do Corinthians
Mauro Cezar não parou por aí. O jornalista foi em busca de um antigo texto que escreveu no site da ESPN: “É leviano afirmar que o Corinthians entregou o jogo para o Flamengo em 2009”. No trecho lido pelo profissional, fica claro o momento ruim vivido pelos paulistas naquela época.
“Recuperei um texto que li no meu antigo blog. Vou até ler um trecho:
‘Na realidade, os corintianos não apresentaram nada de novo naquele jogo. Foi a mesma equipe desinteressada que nos dez jogos anteriores fez muito pouco e perdeu até para adversários mais fracos, sem constrangimento. Em 30 pontos disputados foram apenas 11 ganhos e três derrotas em casa. Nada diferente do que se viu contra o Flamengo.
O Athletico Paranaense, que lutava para não cair, venceu os corintianos em São Paulo, assim como o Náutico, que seria rebaixado. O Sport também caiu, e foi outro time que, mesmo em crise, arrumou três pontinhos sobre os então campeões da Copa do Brasil, só que jogando em seu campo'”, relembrou.
Flamengo já vencia jogo quando pênalti foi marcado
Mauro Cezar Pereira seguiu lembrando que o time adversário jogava mal e que não tentar defender foi uma escolha de Felipe por não concordar com a penalidade.
“Não é bem essa situação. O Corinthians se arrastava há muito tempo e perdeu mais um jogo. O Felipe reclamando porque não concordou com o pênalti. Ele não vai na bola. E se fosse também, não ia arrumar nada, foi chutada bem no canto”, diz Mauro.
Além disso, Mauro lembra que o Flamengo já vencia a partida naquela altura. Os corintianos entraram em campo para jogar. Tanto é que chutaram e criaram oportunidades. Mas não conseguiram chegar ao gol.
“Estava 1 a 0. Foi o último lance do jogo. O Corinthians jogou, teve chances de gol. Não foi que entrou e não jogou. Esse lance foi no final. Quando isso é repetido parece que entregou”, explica Mauro Cezar Pereira.
Por fim, Mauro lembra que o título flamenguista não é bem aceito. A arrancada histórico deu ao clube o título com a menor pontuação: 67. Por isso, os rivais se mordem até hoje por deixarem o Flamengo levar a taça.
“Esse é um campeonato que as pessoas não engolem muito por como aconteceu. Quando isso é falado, me incomoda bastante. Eu sou obrigado a rebater o Juca. Acho que não tem o menor sentido essa linha de pensamento. Não tem nada a ver com o que aconteceu”, finaliza Mauro Cezar.