Mauro Cezar expõe recalque paulista sobre tamanho da torcida do Flamengo

Em sua nova coluna desta sexta, Mauro Cezar fala sobre o estado de São Paulo e o “ciúme” paulista com o Flamengo, principalmente com a torcida. Mauro repercute uma fala de Julio Casares, presidente do São Paulo à CNN. O cartola falou sobre chegar em Pernambuco e ter que perguntar se o torcedor é “Flamengo ou Santa Cruz”. Casares falou também que é raro encontrar torcedores de dois times em SP.

“Quando vai para Recife você tem perguntar para o pernambucano, você é Flamengo ou Santa Cruz? Aqui em São Paulo é impossível o cara falar assim, eu sou São Paulo e ao mesmo tempo eu sou Portuguesa, ou Juventus…”, afirmou Julio Casares à CNN. O cartola faz também citação à Rádio Nacional, argumentando que impulsionou as torcidas do futebol carioca.

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Mauro Cezar concorda que, de fato, a Rádio foi influente para a expansão dos times do Rio de Janeiro pelo país. Porém, destaca que o veículo foi mais impactante nas décadas de 30 e 40 e questiona o porquê dos outros times cariocas, hoje com menor expressão, não terem a mesma influência que Flamengo e Vasco.

Há ainda o argumento de que a TV Globo é motivo da popularidade do Mais Querido, o que é falacioso. Mauro lembra que, antes da criação da emissora, em 1965, Flamengo e Fluminense colocaram quase 200.000 pessoas no Maracanã em 1963, na final do Campeonato Carioca.

A hipocrisia do “misto” só cola com o Flamengo

Mauro levanta a bola, então, se devemos questionar o torcedor são-paulino que mora no Paraná, se ele é tricolor ou Maringá, por exemplo. Se os torcedores do Nordeste são “São Paulo ou Fortaleza?” ou até mesmo os do interior, se escolhem o time da Barra Funda ou pelos clubes municipais. Ademais, Mauro indaga qual a diferença entre esses tricolores e os flamenguistas nordestinos.

O jornalista aponta que, na última pesquisa, do O Globo/Ipec, o Palmeiras é o mais citado como “segundo time” dos torcedores. Inclusive, somando Palmeiras (1,6%), Corinthians (1,2%) e São Paulo (1,0%), a porcentagem do Flamengo (1,4%) é ínfima. Mauro destaca que nesta tentativa de defender sua tese, Casares também questiona o quão torcedor do São Paulo é aquele que mora fora do estado.