Rodolfo Landim concedeu entrevista nesta quarta-feira (11) e abordou diferentes temas do Flamengo, entre eles a eleição. Sem direito de reeleição, o mandatário apoia Dunshee no pleito e anunciou que será CEO da gestão. Ao explicar o motivo para o atual vice-presidente ser o nome ideal, ele citou o Marketing para exemplificar o bom trabalho que quer manter no clube e questionou o discurso de concorrentes.
A receita comercial do Flamengo, que inclui marketing, publicidade e licenciamento, foi de R$ 323 milhões em 2023. Um dos setores que mais gera arrecadação e ainda tem potencial de crescimento. Landim, portanto, questiona os candidatos que afirmam que irão mudar todas as pastas se eleitos e cita também outros departamentos.
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“A gente vai mexer no Marketing? Que é o grande esteio de arrecadação do clube, tá maluco? Última coisa que deveria querer fazer. Um trabalho danado para achar esses profissionais e treinar eles. Nas áreas dos recursos humanos, em todas as áreas fundamentais do clube. Tempos compromisso com a manutenção e o crescimento, porque ainda temos projetos estruturantes importantes”, disse Landim.
O presidente rubro-negro disse que ouviu de candidatos que irão mudar todos os integrantes dos departamentos. Ele diz entender a decisão de ter pessoas de confiança por perto, mas ressalta a necessidade de ouvir opiniões contrárias para não agir como um “ditador”.
“Tem a preocupação com o discurso dos outros. Querem demitir todo mundo para botar pessoas da confiança. (…) Eu não preciso ter pessoas que só vão falar sim, pelo contrário. Eu gosto de gente que tragam ideias diferentes. Não quero que só cumpram aquilo que falo, igual um ditador. “
Vale destacar que a pasta já foi alvo de muitas críticas, mas não necessariamente pelo marketing. Isso porque o responsável pela pasta é Gustavo Oliveira, vice-presidente de Marketing e Comunicação. E é justamente a comunicação do clube que é motivo de reclamações constantes. Ainda assim, é um dirigente muito destacado na atual gestão pelos bons resultados com o marketing.
Presidente explica atribuições que terá como CEO do Flamengo caso Dunshee seja eleito
A decisão de pedir ao mandatário para ser CEO não chega a ser uma surpresa, já que o apoio do presidente é a principal arma de Dunshee nas eleições. O objetivo é ter Landim à frente de projetos que ele mesmo iniciou, como o estádio do Flamengo, e ele explica que é um cargo focado na parte administrativa, onde focará também em melhorar os processos que acontecem hoje no clube.
“Hoje o CEO É o Reinaldo Belotti. Ele trabalha discutindo todos os assuntos. Ele pega a parte mais pesada administrativa, me alivia um pouco das dissuasões e processos. Isso é importante para sobrar mais tempo para o presidente cuidar de aspectos externos, representação do clube e tudo isso. (…) A gente funciona por música, sabe exatamente como eu penso”, disse Landim, antes de completar:
“Acho que eu e Rodrigo já desenvolvemos esse tipo de conhecimento ao longo desses anos. Na conversa comigo., ele falou ‘seria um desperdício muito ter você afastado de mim’. Porque a posição no Conselho Deliberativo é outra, não está ligado ao dia a dia do clube. (…) Eu vou cuidar das rotinas que ajudei a estruturar e implementar dentro do clube. Com o compromisso só de melhorar a arrecadação, os processos do clube, infraestrutura da sede.”
Jornalista graduado no Centro Universitário IBMR, 23 anos, natural do Rio de Janeiro. Amante da escrita e um completo apaixonado pelo Flamengo, vôlei e esportes olímpicos.
