Delator diz que pagou propina a Marcos Braz em esquema com Romário
O UOL publicou nesta segunda-feira uma reportagem do jornalista Ruben Berta que revela que o vice-presidente de Futebol do Flamengo e vereador candidato à reeleição Marcos Braz é investigado pela Polícia Federal e o Ministério Público Federal por envolvimento em um esquema de desvio de dinheiro de projetos de esportes da Prefeitura do Rio de Janeiro em troca de propina. De acordo com uma delação premiada, o caso também envolve o senador Romário.
Romário foi quem indicou Marcos Braz para a Secretaria Municipal de Esportes em janeiro de 2015, no segundo mandato do atual prefeito do Rio, Eduardo Paes. Na época, os dois eram colegas de partido no PSB. Hoje, ambos seguem como correligionários no PL.
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De acordo com o delator Marcus Vinicius Azevedo Silva, o esquema de desvio de dinheiros se dava pelo superfaturamento de serviços prestados pela ONG Cebrac, que assinou contratos de R$ 13 milhões com a Secretaria Municipal de Esportes na gestão Marcos Braz. O então secretário seria o responsável por recolher a propina e dividir com Romário. seu padrinho político.
Azevedo Silva foi preso em 2019 na Operação Catarata, que combatia desvios de recursos da Fundação Leão XIII, do governo estadual do Rio. Em 2020, ele fechou um acordo de delação premiada no qual acabou citando Romário e Marcos Braz.
Marcos Braz, que não era dirigente do Flamengo à época dos fatos denunciados pelo delator, se disse surpreso e não quis se pronunciar. Já a assessoria de imprensa de Romário disse que a delação de Azevedo Silva “possui narrativa vaga e imprecisa” e que o senador “não responde pelas ações do secretário no exercício de suas funções”.
Além da investigação da PF e do MPF, o Tribunal de Contas do Município ainda analisa se houve superfaturamento em um dos contratos assinados entre Marcos Braz e o Cebrac, de R$ 8,5 milhões, para a administração da Vila Olímpica Nilton Santos, na Ilha do Governador.