Vice-presidente de futebol do Flamengo, Marcos Braz cometeu uma grande gafe ao comentar a negociação com o Zenit por Claudinho. O dirigente se confundiu e disse o Fla negocia o jogador diretamente com ex-presidente da Rússia, que seria o dirigente Alexander Medvedev. No entanto, quem ocupou a cadeira por esse período foi outro político com esse sobrenome: Dimitri Medvedev.
Alexander Medvedev presidente do Zenit e vice-presidente da empresa de energia russa Gazprom, que patrocina o clube, é a maior do país no seguimento e maior exportadora de gás natural do mundo. É ele quem aparentemente comanda as negociações com o Flamengo. Já Dimitri Medvedev, que Braz achou que era a mesma pessoa, presidiu a Rússia entre 2008 e 2012.
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“Já é a segunda ou terceira janela que a gente entende que deveria trazer ele. Mas a gente só tem esse entendimento e só mete a cara para tentar trazer ele mesmo sabendo da complexibilidade, porque a gente tem certeza que é o melhor para o Flamengo. Eu quero deixar aqui um ponto para vocês entenderem: quem está na outra ponta lá foi presidente da Rússia por cinco anos. Só isso. A gente não está tentando arrastar um jogador de um clube que não tem envergadura política ou financeira”, disse Braz.
A situação chama a atenção por alguns motivos diferentes. O primeiro é que, como disse o próprio Braz, é a terceira vez que o Flamengo tenta a contratação de Claudinho. Ou seja, fica a dúvida se a diretoria rubro-negra acredita que negocia com um ex-presidente russo desde a primeira vez que tentou fazer negócio.
Dimitri Medvedev, confundido com Alexander por Marcos Braz, foi o único presidente da Rússia entre 1999 e os dias atuais além de Vladimir Putin. Ele é o atual vice-presidente do Conselho de Segurança do país. A sua única ligação com Zenit é como torcedor.
Algo que pode ter ajudado Braz a se confundir é que o ex-presidente também trabalhou na Gazprom, onde Alexander é diretor.
Flamengo vai à Rússia fechar a contratação caso seja necessário
Questionado sobre uma possível ida para a Europa para acelerar negócios por Claudinho, Marcos Antônio e Paquetá, Braz afirmou que o clube só faz esse movimento quando se sente seguro. Ou seja, dá a entender que todas as negociações ainda estão longe de um desfecho positivo.
“Quando estiver um pouco mais próximo, quando a gente se sentir bem pega o avião. Porque não vamos fazer isso, o Flamengo não vai expor toda uma situação se a gente não se sentir confortável para dar um bote final. Ainda não está nesse momento”, disse, antes de afirmar que fechará com ‘quem vier primeiro’ entre Paquetá e Claudinho.
Jornalista graduado no Centro Universitário IBMR, 23 anos, natural do Rio de Janeiro. Amante da escrita e um completo apaixonado pelo Flamengo, vôlei e esportes olímpicos.