Não conseguindo aplicar um bom futebol diante o Peñarol, no jogo de ida das quartas da Libertadores, o Flamengo perdeu o jogo por 1 a 0 e terá que reverter o placar em Montevidéu. No entanto, a forma de jogar vai ter também de ser outra, segundo o jornalista Eduardo Mansur.
Para Mansur, a alteração de peças no ataque do Flamengo fez com que o time jogasse de uma forma diferente do que vinha fazendo, apostando muito em articulações e na mobilidade de seus homens de frente. Porém, isso ainda não se mostrou benéfico, e a prova viva tria sido na partida desta quinta (19), contra o Peñarol.
➕ Casagrande vê ‘time de pelada’ e detona lance de Bruno Henrique
“Não conseguiu ter nenhum momento de articulação. O Flamengo está, nesse final de ano, com uma forma de jogar de muita mobilidade, que aposta em muita mobilidade, justamente quando ele teve alterações profundas no seu sistema ofensivo, com muitos jogadores pouquíssimo habituados a jogar uns com os outros. Essa mobilidade está dando a impressão, para quem olha, muito mais de algo intuitivo dos jogadores no campo, do que movimentos exatamente coordenados para atacar”, avaliou Mansur.
Ainda segundo o jornalista, se Tite manter essa estratégia para o jogo de volta do Campeón del Siglo, a chance do time novamente não conseguir furar a forte marcação dos uruguaios é grande.
“O Flamengo fica dependendo da individualidade, dependendo de cruzamento. Mostrou muito pouco o Flamengo para furar uma defesa fechada, e aparentemente vai ser muito mais difícil furar essa defesa, que provavelmente o Peñarol não vai se abrir em Montevidéu tendo essa vantagem”, completou.
Flamengo vai precisar realizar feito que não aconteceu ainda nesta Libertadores
Para avançar as semifinais da Libertadores, o Flamengo terá de ganhar por dois gols de diferença do Peñarol fora de casa, algo que não aconteceu contra o time uruguaio nesta edição da Liberta.
Em quatro partidas jogadas em casa aqui, a equipe de Diego Aguirre venceu todos os jogos. Marcando 14 gols e sofrendo apenas um.
Ou seja, Tite não traz escolha a não ser aplicar outro esquema de jogo, e de preferência, mais ofensivo, para furar uma possível retranca que será imposta pelos uruguaios.