O mundo se despede de Apolinho, que tem seu corpo velado nesta quinta-feira (16), na Gávea, tamanha era a ligação do radialista com o clube. A devoção pelo Flamengo era tanta que Washington Rodrigues assistiu ao primeiro tempo e viu o Mengo vencer o Bolívar por 3 a 0. A revelação foi feita por Luiz Penido, amigo próximo de Apolinho que narrava o jogo na Super Rádio Tupi.
“A dor é muito profunda, Apolinho, é muito forte. Me perdoem os ouvintes. Mas o falecimento do Apolinho, Washington Rodrigues, que assistiu ao primeiro tempo. Ele viu o Flamengo fazer 3 a 0. Ele viu o Flamengo em vantagem. Morreu com o Flamengo ganhando o jogo e parte para a vida eterna”, diz.
Ao saber do falecimento de Apolinho, o locutor não segurou a emoção e parou de narrar os fatos do jogo imediatamente para prestar sua homenagem de forma muito emocionada.
“Para tudo. Para o jogo. Eu peço desculpas ao ouvinte pela minha emoção; São 25 minutos do segundo tempo. Hoje, 15 de maio de 2024, acaba de falecer Washington Rodrigues, o Apolinho. Supremo ídolo. Parta para a vida eterna. Depois de uma vida tão brilhando, deixando um legado, entrando na história do rádio”, complementa.
Luiz Penido se rende a Apolinho muito comovido.
“O Apolinho, o Washington Rodrigues, o supremo ídolo, o maestro do rádio. O grande nome do rádio. Apolinho, eu sei que você está a caminho do céu e Jesus vai te receber de braços abertos pelo extraordinário companheiro que você foi. Pelo ser humano, pelo pai, pelo marido, pelo amigo, pelo profissional, pelo seu Flamengo que está aqui derrotando de 4”, finaliza.
Apolinho nos deixa aos 87 anos após lutar contra câncer
Washington Rodrigues já tinha 87 anos, e lutava contra um câncer de fígado há anos. Inclusive, estava de licença na Super Rádio Tupi, onde era companheiro de Luiz Penido. Apolinho havia trabalhado pela última vez na derrota por 2 a 1 para o próprio Bolívar, em La Paz, no primeiro turno da fase de grupos da Libertadores, e se despediu do mundo vendo seu clube do coração dar a volta por cima e vencer bem no Maracanã.
Apolinho chegou a ser técnico do Flamengo em 1995, no ano do centenário do clube, quando decidiu aceitar o convite do presidente Kleber Leite. Ele compôs um ataque com Romário e Edmundo, e quase foi campeão da Supercopa dos Campeões da Libertadores. Flamenguista, Apolinho chegou a dizer que não se entregaria para a doença por ter sangue rubro-negro.
