Liga do futebol brasileiro pode gerar R$ 4 bilhões por ano com direitos de TV
Existem hoje no Brasil dois grupos diferentes de times querendo a criação de uma liga nacional. E a Libra (Liga de Clubes do Brasil) e a Liga Forte Futebol estão conversando para chegar a um acordo. Em julho deve ocorrer uma reunião para conciliação entre os dois lados.
A informação é de Rodrigo Mattos, do Uol. Segundo o jornalista, o objetivo portanto é a formação de uma Liga para organizar melhor o futebol brasileiro. A Libra projeta que com essa organização, 4 bilhões de reais seriam gerados em receitas anuais com os direitos. Esse valor é mais do que o dobro do que se ganha hoje.
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Nos últimos dias, os grupos se reuniram entre si. A Libra, que é composta pelos clubes de São Paulo e Flamengo, Vasco, Botafogo e Cruzeiro, se reuniu na última sexta-feira (24). A Liga Forte Futebol é composta por 25 times, como por exemplo Fluminense, Atlético-MG, Internacional, e outros times de menor expressão no cenário. Esse grupo confirmou sua fundação na sede da CBF na terça-feira (28).
Clubes tem divergências quanto a distribuição do dinheiro
Mas enquanto isso, os dois grupos querem sentar para conversar e tentar chegar a um meio termo em relação aos critérios de distribuição de dinheiro. A Libra tem uma divisão de dinheiro que consiste em um teto entre maior e menor, divisão com 45% dos valores iguais entre os times, 25% por premiação e 30% por engajamento de torcida.
Enquanto isso a Liga Forte Futebol tem o interesse de reduzir a diferença entre o clube que mais ganha e o que menos arrecada, e questiona alguns critérios da Libra, como a porcentagem por engajamento de torcida.
Os dois grupos devem entrar em consenso, porque estão enxergando que, se negociarem os direitos de forma separada, perderão bastante dinheiro. A Libra já conta com a estrutura de um modelo de governança para receber os investimentos. Portanto, calcularam que arrecadariam 4 bilhões de reais anuais com o Brasileiro da série A e B. Atualmente os direitos de TV geram 1,7 bilhão aos clubes, ou seja, menos da metade do que poderão receber.
28 anos, jornalista formado na FACHA. Sou apaixonado pelo Flamengo e esportes em geral, mas com foco no futebol e basquete.