
Na sua coletiva após o vexame contra o Athletico, o “técnico” Renato Portaluppi disse que é mais fácil destruir do que construir, e ele tem total razão nisso. O pouco de organização e idéias que essa equipe tinha o Renato destruiu em tempo recorde, porém o Renato não é o único culpado.
Quando Jorge Jesus chegou, blindou o futebol com sua comissão técnica e os amadores nem chegavam perto do Ninho do Urubu, ele ainda aproveitou a estrutura deixada pela gestão anterior com análises técnicas e de recuperação de jogadores, o sucesso foi tanto que ele teve mais títulos do que derrotas em sua curta passagem.
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Após sua saída, o Vice Presidente de Futebol encontrou a oportunidade perfeita para acomodar alguns amigos, afinal de contas, todo político tem que dar um jeito de alocar seus correligionários em algum lugar.
Em novembro do ano passado, o Dr. Marcio Tannure fez uma reformulação no Departamento Médico, demitiu profissionais que estavam no clube desde 2016, inclusive era um departamento super elogiado e que em 2018 teve o menor números de lesões do país, além de recuperar jogadores de forma rápida em 2019.
Nessa reformulação chegaram o fisioterapeuta Diogo Paiva (indicação do Braz), os preparadores físicos Alexandre Sanz (indicação do Braz), o personal Rafael Winicki, além do médico Marcelo Soares, que havia sido demitido em 2015 pelo próprio Tannure.
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Nessa mudança o clube perdeu profissionais para o Palmeiras, Vasco, Botafogo, Japão e quem chegou não tem a mínima capacidade dos demais que saíram. Diogo Paiva e Rafael Winicki nunca haviam trabalhado com futebol em suas carreiras, Alexandre Sanz teve seu último trabalho no Petrolina (sem querer desmerecer o pequeno Petrolina).
A parceria com a EXOS que cuidava da preparação física do clube foi desfeita pela gestão Landim, dentre outras medidas para alocar os amigos da gestão.
A presença do Renato Portaluppi é apenas a cereja do bolo nessa bagunça instaurada no Ninho do Urubu, um falastrão que adora bater no peito que o lugar onde estuda é a praia e que não precisa fazer curso pois só faz curso quem não entende de futebol.
Um “treinador” que adota práticas esquecidas na década de 90 e que hoje não se utilizam mais no futebol profissional. Um “treinador” que chega em uma coletiva após a derrota em um clássico e diz ser pago para “motivar e dar moral para jogador”.
No momento em que o treinador pede demissão é porque ele não acredita mais que possa melhorar a equipe. Ele percebe que os jogadores não irão mais acreditar naquilo que ele está passando ou tentando passar.
Ao não aceitar a demissão do Renato, a diretoria não mostra confiança no treinador. Ela não quer é assumir que errou mais uma vez e ainda por cima em ano de eleição.
Restam 30 dias para a final da Libertadores, e o sentimento de muitos torcedores é que o ano acabou.