Libra e Liga Forte iniciam reaproximação para debater liga no futebol brasileiro

Liga Forte Futebol (LFF) e Libra, blocos de clubes criados para debater criação de liga, iniciaram movimento de reaproximação. O objetivo seria retomar os debates da liga que organizaria o futebol brasileiro. A informação é do jornal “O Globo”.

O contato ainda não chegou aos clubes e partiu da Life Capital Partners, um dos grupos investidores da LFF. A princípio, todos os contatos aconteceram de forma superficial, sem conversas formais entre os clubes ou investidores. No entanto, de acordo com informações do “Globo”, o bloco do Flamengo está disposto a negociar.

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Entretanto, a tendência é que um possível acordo só se concretize após a Libra vender seus direitos de transmissão. Os valores e divisões foram os principais pontos de discordância dos clubes ao longo das conversas. Portanto, os investidores irão negociar com seus blocos e depois tentar a reaproximação.

Os 25 clubes da Liga Forte Futebol, aliás, já acertaram a venda de 20% de seus direitos televisivos do Brasileirão por 50 anos a partir de 2025. O bloco irá receber um aporte de R$ 2,6 bilhões ao longo de 18 meses, que será divido entre os clubes a partir das regras estabelecidas em debates.

A Libra também negocia para vender seus direitos, mas o Flamengo não deve negociar 20% e nem aceitar tempo tão grande. O contrato do bloco permite aos clubes decidiram se irão ou não participar do negócio.

União dos blocos pode viabilizar formação de liga no futebol brasileiro

A reaproximação dos clubes é a única maneira da liga do futebol brasileiro sair do papel. Afinal, o Flamengo e os outros times da Libra irão negociar os direitos com uma empresa, enquanto os participantes da LFF com outra.

Como resultado, a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) seria obrigada a escolher um dos projetos. Hoje, a tendência é que a decisão da entidade deve ser manter a administração do Campeonato Brasileiro e responsabilidade sobre o calendário do futebol nacional.

Dessa forma, os clubes não vão atingir os principais objetivos para a discussão sobre liga ter iniciado: mudar o calendário, implementar fair play financeiro e valorizar o produto do futebol brasileiro. No fim, caso não haja acordo, mais de um ano de debate será apenas para a venda de direitos.