Libertadores proíbe bateria no Maracanã mas fecha os olhos para o racismo; torcida do Flamengo rebate Conmebol
Nesta segunda-feira (16), a Conmebol determinou a proibição da entrada de instrumentos na partida entre Flamengo x Universidad Católica, que acontece nesta terça (17). A atitude da Conmebol deixou os torcedores revoltados, principalmente as torcidas organizadas, que não deixaram de se posicionar.
A Fla-Manguaça foi notificada pelo BEPE da proibição, e que não poderia entrar com a bateria na partida. Ao receber a informação, a torcida organizada se pronunciou por intermédio de suas redes sociais para rebater a Conmebol e relembrar o caso de racismo e violência que aconteceu no Chile, contra a torcida do Flamengo. Veja a nota oficial da torcida:
“Acabamos de ser surpreendidos com uma notificação do BEPE em que a CONMEBOL proibiu BATERIA na Libertadores. É inacreditável a instituição tomar atitudes incabíveis e imensamente desnecessárias para coisas fúteis e fechar os olhos para o RACISMO.A que se deve essa proibição? Qual o motivo? Qual o fundamento, Libertadores? Estão acabando com a essência das Arquibancadas e cada vez mais, afastando o verdadeiro torcedor”, questiona a torcida organizada.
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A torcida Nação 12 também se manifestou sobre a medida adotada pela Conmebol, se atentou para o fato disso acontecer apenas em jogos do Mais Querido e clamou por liberdade para torcer.
“Na tarde dessa segunda-feira, recebemos a informação que a organização do evento (@CONMEBOL), proibiu a entrada de instrumentos das torcidas para a partida Flamengo x Universidad Católica. Mais uma proibição imposta pela Conmebol. O que nos causa estranheza somente na partida do Flamengo x Universidad Católica instrumentos não serão permitidos. Sendo que no Capítulo 6 do regulamento da competição, os instrumentos não estão na lista de vetos. Por quais motivos as torcidas do Flamengo não estariam com permissão de instrumentos de percussão? Qual o fundamento dessa proibição? LIBERDADE PRA TORCER”, pede a torcida organizada do Flamengo.
Os atos racistas e violentos ignorados pela Conmebol no Chile, no primeiro jogo entre Universidad Católica x Flamengo
Cenas lamentáveis foram vistas no Estádio San Carlos de Apoquindo no dia 28 de abril, pela Libertadores. Torcedores da Universidad Católica não souberam receber os flamenguistas visitantes, e além da violência, como pedras e sinalizadores arremessados em direção aos brasileiros, ferindo um idoso e uma criança, houveram também atos racistas. Um torcedor foi flagrado imitando macaco em direção a torcida do Flamengo.
Em campo, o Mais Querido venceu por 3 a 2, mas o resultado tornou-se coadjuvante em virtude dos acontecimentos no estádio. As ações dos chilenos repercutiram, e o Flamengo, além da mídia, reproduziram o ato racista do torcedor chileno. O clube pediu que providências sejam tomadas, e a Conmebol não definiu pena, publicando somente uma nota irrisória.