Landim define torcedor do Fla como mero 'tomador de Coca-Cola'

Depois de dar declarações defendendo a SAF no Flamengo, Rodolfo Landim voltou a falar com Mauro Cezar Pereira. Desta vez, o presidente do clube acabou por soltar aspas importantes sobre a Nação Rubro-Negra. Ao explicar a relação de dono e cliente, Landim compara o Flamengo com a Coca-Cola.
Ou seja, Landim compara o torcedor do Flamengo com os consumidores do refrigerante. Ele diz que a Coca-Cola precisa agradar seus clientes. O mesmo acontece com o clube.
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“Para mim é muito claro. Quando você tem uma instituição, uma empresa, o mais importante que ela tem é o cliente. O que é mais importante para a Coca-Cola? Os clientes que tomam Coca-Cola, são viciados em Coca-Cola. E para sobreviver ela precisa encantar seu cliente. Para mim o torcedor do Flamengo é o que de mais importante o clube tem. Temos que encantar o cliente, que é o torcedor do Flamengo. É isso o que o clube tem que fazer”, inicia.
No entanto, ao ser perguntado sobre o clube ser do torcedor, Landim discorda. Para o presidente do Flamengo, o torcedor é um cliente. Assim como quem bebe Coca-Cola. O mandatário alega que se quiser, vende todo o elenco e tem poder para fazer o que bem entender com a instituição.
“Dono da empresa é aquele que tem poder de decisão. Eu poderia dizer que o Flamengo é dos seus torcedores. Mas seria uma retórica de político. O Botafogo é do (John) Textor. Se ele quiser vender o time inteiro, ele vende. A verdade é que o Flamengo é de seus sócios, que são os gestores do clube. Mas isso não significa que eu dê menos valor à torcida. A empresa tem que trabalhar com os clientes. Não estou dizendo que o torcedor não é importante, ele é o mais importante”, afirma.
‘Tomador de Coca-Cola’ não decide futuro da empresa, diz Landim
Ao ser perguntado se o Sócio é dono, e o torcedor, cliente, Landim reafirma: “Na prática, é isso. E é bom que se entenda que uma instituição só sobrevive quando tem os clientes querendo consumir seus produtos. Como em qualquer companhia. Não farei discursos demagógicos. Não sou demagogo, sou prático”, diz.
Landim, por fim, usa o termo ‘tomador de Coca-Cola’. Para o mandatário, não é todo cliente que consome a bebida que tem qualquer influência sobre suas decisões. Ele traça um paralelo com os Sócios-Torcedores. O programa tem objetivos de clientela, atrair público com descontos e promoções. Além, é claro, de lucrar com os pagamentos mensais. Por isso, Landim entende que não há investimento desses associados para possuírem qualquer poder.
“Nem todo tomador de Coca-Cola decidirá o futuro da Coca-Cola. O Sócio-Torcedor não faz investimento para isso. Ele foi criado com outro objetivo. Ter desconto em ingressos, prioridade na compra, etc”, opina.
Para Landim, apenas Sócios-Proprietários têm esse poder. Isso porque são associados que arriscam o próprio dinheiro: “Sim, mas vai comprometer o patrimônio dele, colocando-o em risco”, diz, antes de finalizar sobre a compra do título:
“Toda mercadoria tem valor de mercado, lei da oferta e da procura. Se a pessoa aparecer com dinheiro vai comprar”, garante.