Rodolfo Landim rebateu as críticas feitas por torcedores ao trabalho de Marcos Braz no Flamengo. Em entrevista ao ‘Charla Podcast’, nesta segunda-feira (22), o presidente rubro-negro exaltou o trabalho feito pelo dirigente durante os seis anos de sua gestão e também cita títulos na década de 2000.
“Eu considero o Marcos Braz, de todas as pessoas que conheci no futebol brasileiro, o mais diferenciado diretor esportivo. Se for ver a história de resultados do Flamengo, e não só o período junto comigo. Se pegarmos o passado, ele estava à frente em 2009, Copa do Brasil 2006. Braz está sempre presente no momento que o Flamengo teve grande sucesso no futebol. E não é à toa”, iniciou Landim.
➕ Mais Querido, Manto Sagrado e Nação: torcida do Flamengo reclama de rivais usando nomenclaturas históricas
O presidente também minimizou as críticas sobre a falta de profissionalização nos cargos de comando do clube. A maioria dos vice-presidentes incluindo Marcos Braz, são dirigentes amadores indicados para os cargos estatutários. Landim, no entanto, mesmo com muitas críticas dos torcedores do Flamengo, entende que o VP exerce trabalho de excelência mesmo sem qualquer formação na área.
Para exemplificar, o mandatário rubro-negro cita os exemplos de Fabinho Soldado e Juan. Ambos deixaram cargos de gerente no clube para assumires, respectivamente, cargo de diretor no Corinthians e na comissão técnica de Dorival na Seleção Brasileira.
O presidente não citou, no entanto, que o futebol do Corinthians está em crise e a Seleção deixou a Copa América sob muitas críticas pelo desempenho ruim e eliminação precoce.
“É uma cadeira elétrica. Quando acontece um ano que as coisas não acontecem como você quer, obviamente recai sobre técnico e diretor. E ai vem a conversa: ‘Flamengo não tem quadros importantes’, ‘profissionalismo’. Assim gente, quem a gente coloca lá são excelentes profissionais de mercado. Nosso gerente de futebol foi contratado para poderoso diretor no Corinthians, nosso gerente técnico trabalha com o técnico da Seleção Brasileira.”
A defesa do presidente acontece em momento que Braz está sendo alvo de revolta dos torcedores. Isso porque primeiro o dirigente cometeu gafe ao confundir dirigente do Zenit com ex-presidente da Rússia ao falar sobre negócio por Claudinho. E, além disso, expôs processos duvidosos ao tentar contratar Marcos Antônio, da Lazio, que fechou com o São Paulo após um mês de tratativas com o Fla.
Mas as críticas vão muito além. A demora nas negociações é algo constante (mesmo com saúde financeira melhor que outros clubes), quase R$ 50 milhões gastos com multas de sete técnicos diferentes em seis anos e, por fim, a agressão a torcedor e utilização das dependências do clube para mentir em justificativa.
Profissionalização do futebol do Flamengo
Landim também detalhou como funciona a divisão de trabalho entre Marcos Braz e Bruno Spindel no departamento de futebol. O presidente explica que, apesar de Braz tomar as decisões, os dirigentes atuam como uma dupla.
“Eles trabalham muito em parceria. Um é mais o caro de planejamento, do financeiro, negociador. O outro é um cara mais boleiro, conhece o mercado e tem as casadas de como se posicionar. Principalmente nas questões operacionais do dia a dia. Sempre estão acontecendo problemas e vestiário. A experiência que ele tem é fundam alta para resolução.
Landim mais uma vez diz que as críticas estão relacionadas somente aos resultados e citou o próprio exemplo como dirigente para defender Marcos Braz no Flamengo.
“Eu sei que as frustrações acontecem quando os resultados não dão o que a gente espera. Não tenho duvida que temos uma equipe muito qualificada. Sempre tem essa discussão sobre profissionalização e misturar esse processo com remuneração. “
“Se for por isso eu sou um péssimo gestor, porque nunca ganhei um centavo do Flamengo. (…) O fato dele ter dinheiro de família e não cobrar, ou eu não cobrar nada do Flamengo, significa que eu não sei nada de administração? Estudei administração em Havard, nos Estados Unidos, devo entender alguma coisa. CEO de várias companhias. É paixão pelo Flamengo. Esse é um discurso que a gente vê as pessoas tentando fazer (profissionalização).”
Jornalista graduado no Centro Universitário IBMR, 23 anos, natural do Rio de Janeiro. Amante da escrita e um completo apaixonado pelo Flamengo, vôlei e esportes olímpicos.
