Landim pede carta branca a Conselho em leilão de terreno para estádio
O presidente do Conselho Deliberativo do Flamengo, Antônio Alcides, convocou para o próximo dia 29 a reunião para aprovar a participação do presidente Rodolfo Landim no leilão para aquisição do terreno do antigo Gasômetro, desapropriado pela Prefeitura para a construção de um estádio para no mínimo 70 mil pessoas.
O leilão acontece no dia 31 de julho. Como as regras da disputa preveem que os participantes podem aumentar sua oferta em lances verbais caso haja mais de um interessado, a convocação do Conselho pede carta branca para que o presidente possa aumentar o valor mínimo de R$ 138 milhões ao longo do leilão.
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“O Presidente do Clube de Regatas do Flamengo solicitou que seja deliberada pelo plenário deste Conselho a seguinte proposição: ‘Autorizar o Flamengo a participar do mencionado leilão e ofertar lances em valor igual ou superior ao de avaliação, de acordo com o prudente arbítrio do Presidente e de sua equipe, a fim de que o Flamengo possa adquirir o mencionado imóvel em valor que julgar justo, razoável e compatível com sua saúde financeira”, diz o pedido ao Conselho.
A expectativa do Flamengo é que as condições do edital excluam outros interessados do leilão, já que o Flamengo é o único clube interessado na construção de um estádio para 70 mil pessoas ou mais. Entretanto, como não há inscrição prévia no leilão, só se saberá na hora se há outros interessados e o Flamengo terá que gastar mais de R$ 138 milhões.
Landim negocia com Caixa para que valor de leilão não seja questionado
O presidente Rodolfo Landim deve ter nesta sexta-feira reuniões em Brasília com dirigentes da Caixa Econômica Federal para convencer a empresa, administradora do fundo que administra o terreno, a não questionar o valor do leilão na Justiça. Isso significa que o clube pode chegar a algum acordo para oferecer um valor acima do mínimo no leilão que não seja questionado pela Caixa na Justiça.
Candidato dissidente a presidente do Flamengo, Luiz Eduardo Baptista (Bap) expressou preocupações de que a Justiça dê ganho de causa à Caixa e obrigue o Flamengo a pagar um valor muito maior do que o previsto no leilão. Nas negociações diretas, o Flamengo se mostrou disposto a pagar até R$ 250 milhões pelo terreno, e ainda assim a Caixa não aceitou a oferta por acreditar que o terreno valeria até R$ 400 milhões.