O presidente do Flamengo, Rodolfo Landim, lamentou que o time vá ter que viajar a Bogotá, que tem uma altitude de mais de 2.600 metros, entre os dois jogos finais do Campeonato Carioca, contra o Nova Iguaçu. Ele afirmou que este cenário era justamente o que o Flamengo queria evitar no sorteio.
“A gente não pode escolher muito adversário, mas preocupa um pouco o fato de o primeiro jogo, além da altitude do Millonarios, ter uma logística complicada. A Colômbia, a uma distância muito grande, esse jogo vai ser feito justamente entre os dois jogos da final do Campeonato Carioca, era algo que a gente estava rezando para que não acontecesse, mas vai acabar acontecendo”, afirmou ele em entrevista à ESPN após o sorteio.
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Landim afirmou que, apesar do desempenho recente dos clubes brasileiros, que ganharam as cinco últimas finais – o Flamengo duas delas-, não vê favoritos na Libertadores.
“Falando sinceramente, isso é uma coisa muito dos analistas. Nós que fazemos futebol no nosso clube, a gente não enxerga a prevalência de nenhum grande clube, a gente vê essa competição como uma competição muito equilibrada. Em 2019 por exemplo, que nós acabamos vencendo a Libertadores, dificilmente alguém apontaria o Flamengo como favorito”, disse.
O presidente do Flamengo citou a emergência das SAFs como um novo desafio à hegemonia de Flamengo e Palmeiras, que ganharam 4 das últimas 5 finais e decidiram entre si o título de 2021.
“Os clubes que participam todos estão recebendo grandes investimentos. A gente vê o que está acontecendo com as SAFs espalhadas pela América Latina. É difícil a gente apontar neste momento um clube favorito”, afirmou.
Dos 7 clubes brasileiros na disputa, somente três são SAFs – Grêmio, Atlético-MG e Botafogo. Já na Argentina, principal adversária do Brasil no continente, os clubes-empresas são proibidos, embora o presidente Javier Milei tenha proposto mudar a lei,
Landim destacou ainda a importância de fazer uma boa campanha na primeira fase. No ano passado, o Flamengo não conseguiu ficar em primeiro no seu grupo e acabou tendo que decidir fora de casa e sendo eliminado pelo Olimpia.
“É uma competição muito complicada, onde a logística é complicada, tem jogo em altitude, a classificação na fase de grupos é importante porque influencia no jogo de ida e volta. Então eu diria hoje que eu não vejo grandes favoritos para essa competição”, disse.
O presidente do Flamengo não quis comentar os grupos dos adversários, mas admitiu que sentiu inveja de alguns outros clubes brasileiros.
“Como é equilibrado é difícil de a gente falar. Existem grupos ali que a gente preferia estar, sinceramente. Mas deixa pra lá. Jogar na altitude é um problema, e a logística também é um problema. Então basta ver quem pegou altitudes mais baixas ou jogando no nível do mar. Seria melhor. Mas não dá para escolher. Vamos jogar onde a gente deve jogar, e temos que jogar bem e pronto”, encerrou.