O presidente Rodolfo Landim falou hoje pela primeira vez sobre a saída do gerente de futebol, Paulo Pelaipe. Ele negou qualquer racha na diretoria, disse que a decisão da não renovação do contrato de Pelaipe foi sua, e não do vice-presidente de Relações Externas, Luiz Eduardo Baptista, e a comparou à saída do zagueiro Rhodolfo. ” Podiam me perguntar por que o Rhodolfo foi demitido. O Rhodolfo não foi demitido, ele tinha contrato para jogar no Flamengo até o dia 31, acabou o contrato, ele não foi renovado e é da vida.” Landim não quis comentar se a decisão teve relação com a discussão sobre as premiações pelas conquistas da Libertadores e do Brasileiro e sua divulgação pela imprensa no dia da final do Mundial contra o Liverpool, dizendo que esse é um assunto interno do clube. Veja a íntegra do que o presidente falou em entrevista à ESPN:
“O Pelaipe é um excelente profissional, inclusive a gente agradece esse ano que o Pelaipe trabalhou conosco. O primeiro ponto que a gente tem que dizer é o seguinte: o Pelaipe tinha um contrato de um ano. As pessoas dizem; por que o Pelaipe foi demitido? O Pelaipe não foi demitido. O Pelaipe trabalhou no Flamengo enquanto o contrato dele estava vigente. Estava vigente até o dia 31, dia 31 ele foi embora. Podiam me perguntar por que o Rhodolfo foi demitido. O Rhodolfo não foi demitido, ele tinha contrato para jogar no Flamengo até o dia 31, acabou o contrato, ele não foi renovado e é da vida. Toda decisão que você toma parece também que é uma decisão independente de análise de custo-benefício que você faz. Você tem todo um plantel que você analisa os seus jogadores e você às vezes abre mão de alguns jogadores do seu plantel, e a gente faz a mesma coisa com a comissão técnica do Flamengo. A gente faz análise de custo-benefício em todo o plantel do Flamengo. O que foi plantado foi que haveria uma discussão entre o Bap e o Marcos Braz. Independente do que possa ter acontecido ou do passado de discussões internas que eu acho que são muito positivas dentro do grupo, e que eu até estimulo de certa forma, que as pessoas tenham voz e possam expor as suas posições sempre. Independente disso, a decisão específica de não recondução do Pelaipe foi minha, não foi de mais ninguém. Ao avaliar o orçamento que a gente tinha do futebol e as opções que a gente tinha para poder compor a comissão técnica. Não houve absolutamente nada. Eu estava tirando alguns dias de férias acompanhando, achando estranho até que aquilo tudo tivesse acontecido, exatamente porque eu sei como a coisa foi decidida porque foi decidida por mim. Com relação especificamente a isso [episódio das premiações] eu vou me permitir não responder e vou dizer o seguinte: isso é um assunto interno do Flamengo, eu acho que é um problema nosso interno. Eu posso dizer o seguinte, a decisão do Pelaipe não teve absolutamente nada a ver com racha. Pelo contrário, nós nunca tivemos um grupo tão unido e tão alinhado como a gente tem agora. Algumas pessoas no início quando a gente estava começando a nossa gestão foram se agregando, foram se conhecendo e hoje a gente tem um grupo extremamente unido. Espanta até às vezes as pessoas acharem que existe algum tipo de problema. Nenhum, eu posso dizer. nenhum. Apenas o que a gente tem é um ambiente onde as pessoas têm a oportunidade de poder se expressar e colocar suas posições, e eu acho isso ótimo, porque é ouvindo a posição de todo mundo que a gente vai acabar decidindo o melhor.”