O presidente do Flamengo, Rodolfo Landim, escreveu um artigo no jornal “O Globo” defendendo a construção do estádio do Flamengo, que segundo o texto será um “presente para o Rio”.
“O Globo” publicou recentemente um editorial contra a construção do estádio, rebatido pelo prefeito Eduardo Paes, mas continua publicando artigos contra a obra.
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No texto publicado nesta segunda-feira (26), Landim diz que o projeto do Flamengo vem gerando “um imenso volume de informações equivocadas – muitas provenientes de personagens que desconhecem o complexo processo necessário para pôr uma arena esportiva de pé numa cidade como o Rio”.
Landim ressalta que a desapropriação do terreno pela Prefeitura e o subsequente leilão no qual o Flamengo arrematou o terreno foram realizados dentro da legalidade.
“Há quem critique o prefeito do Rio pela desapropriação da área, sem levar em conta que aquele terreno desocupado, com localização privilegiada, está sem uso há décadas, o que colabora para seu estado de abandono. Do jeito como está, a área recém-adquirida pelo Flamengo não gera empregos e em nada contribui para fortalecer o cenário econômico financeiro do Rio de Janeiro”, diz Landim.
Ele afirma que “a construção ali de uma arena esportiva para 80 mil torcedores terá como consequência a modernização de todo o seu entorno, incluindo a Zona Portuária, o Porto Maravilha e regiões vizinhas”.
“Para além da alegria e do orgulho do torcedor rubro-negro, os benefícios gerados pelo estádio se estenderão a milhões de cariocas”, conclui.
Landim diz que estádio do Flamengo gerará empregos para cariocas de todas as torcidas
Na sequência, Landim lembra das exigências do edital que o Flamengo terá que cumprir.
“O projeto de construção do estádio levará em conta, prioritariamente, o bem-estar da população, sendo gerador de benefícios sociais. As intervenções viárias e de infraestrutura naqueles 87 mil metros quadrados serão executadas com as melhores e mais modernas soluções de mobilidade urbana. A geração de empregos é outro ponto relevante, visto que colocar de pé um sonho que pode custar entre R$ 1,5 bilhão e R$ 2 bilhões exigirá a contratação de um grande volume de mão de obra, criando emprego e renda para trabalhadores de todas as torcidas”, lista.
No artigo, Landim não se debruça sobre duas das principais críticas dos opositores internos e externos do projeto. Ele sequer menciona o Maracanã e seu destino – o Globo diz que o estádio virará um “elefante branco” com a construção do estádio do Flamengo. Também não esclarece como o clube pretende financiar a obra bilionária.
Segundo o edital, o Flamengo tem 4 anos e meio para entregar o estádio a partir da assinatura do termo de promessa de compra e venda, que aconteceu no último dia 16. Ou seja, até 16 de fevereiro de 2029. Entretanto, esse cronograma deve ser estendido após a conclusão do projeto executivo para a obtenção de todas as licenças. A estimativa de Landim é inaugurar o estádio do Flamengo em 2029, mas em 15 de novembro.