Lance parecido com o do pênalti para o Flamengo aconteceu em 2016
A penalidade do zagueiro Barreto foi bastante infantil, mas deu a vitória ao Flamengo no último sábado (20). Com uma bola a mais em campo jogada pela torcida, o jogador do Criciúma decidiu que seria uma boa ideia, dentro da área, chutá-la em cima da bola do jogo, conduzida por Everton Cebolinha.
É claro que o tiro saiu pela culatrada e o árbitro marcou pênalti, já que a regra 12 do futebol prevê que qualquer objeto ou item arremessado propositalmente na direção da bola, interferindo no jogo, resulta em tiro livre direto. Dentro da área, é pênalti.
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Apesar de parecer um caso isolado no futebol brasileiro, não é a primeira vez que um jogador chuta, proposital e deliberadamente, uma segunda bola em campo contra a bola válida. Em 2016, isso aconteceu no clássico mineiro entre Cruzeiro e Atlético-MG. No entanto, a diferença crucial é que o lance em questão não aconteceu dentro da área.
A punição aplicada também foi diferente. O árbitro deu cartão amarelo para o infrator Robinho, hoje preso na Itália por condenação por estupro. Em seguida, deu bola ao chão. Assista:
PC Oliveira e até argentinos concordaram com pênalti para o Flamengo
A regra 12, de fato, explicita que atirar um objeto na bola, interferindo na jogada, é tiro livre direto. No site da CBF, a entidade se baseia exatamente nisso. Portanto, nem o comentarista de arbitragem e nem os estrangeiros que repercutiram o lance discordaram da marcação. Apenas os anti-flamenguistas se opuseram.
Além disso, a segunda bola em campo só obrigaria o árbitro a paralisar a partida em caso envolvimento direto na jogada, o que só aconteceu quando barreto chutou nos pés de Everton Cebolinha.
“Técnica e disciplinarmente, a partir do que marca o regulamento, o juiz acertou”, escreveram os argentinos do Diário Olé.
PC Oliveira, ao vivo, explicou: “De acordo com a regra, o jogo só é paralisado quando você tem uma segunda bola no campo se essa segunda bola interferir no andamento do jogo. Só houve a interferência a partir de uma ação proposital, deliberada, intencional do Barreto”, explicou PC, antes de esclarecer:
“Tem uma segunda bola no campo de jogo e tem uma ação proposital do Barreto jogando essa segunda bola na bola principal do jogo. Essa segunda bola de acordo com a regra é considerada um objeto, e na regra 12 das infrações punidas com tiro livre direto, e como foi dentro da área tiro direto é pênalti, toda vez que um jogador usa um objeto e arremessa contra um adversário, um membro da arbitragem ou na bola do jogo, como foi o caso, o jogo deve ser reiniciado com tiro livre direto. Pênalti bem marcado”.