Justiça volta a afastar Ednaldo Rodrigues da presidência da CBF
Mais uma vez, Ednaldo Rodrigues foi afastado da presidência da Confederação Brasileira de Futebol (CBF). Por decisão do desembargador Gabriel Zefiro, do Rio de Janeiro, o dirigente está afastado pela segunda vez do comando da entidade que rege o futebol no Brasil.
A decisão judicial está envolvida em um processo que investiga a idoneidade de uma assinatura em documento que garantia a legalidade da eleição de Ednaldo. Essa assinatura teria sido feita pelo Coronel Nunes, ex-presidente da CBF.
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No entanto, há dúvidas sobre a condição de saúde de Coronel Nunes no ato da assinatura, o que levou à suspeita de que esta tenha sido forjada. Convocado pelo desembargador a depor na última sexta-feira, Coronel Nunes alegou questões justamente de saúde e não compareceu.
Zefiro, então, declarou que a análise "perdeu objeto" com a ausência de Coronel Nunes e encerrou a sessão. Assim, a conclusão do caso foi feita sem o depoimento do ex-presidente.
Na decisão, o fato de que o ex-presidente da CBF não compareceu foi relatado pelo desembargador, que ainda destacou a possibilidade de ter feito o depoimento à distância.
"Intimado a fim de comparecer à audiência de impressão pessoal designada pelo juízo na pessoa do seu advogado, Dr. André Mattos, o Coronel Nunes não se fez presente, sequer por videoconferência, o que lhe foi facultado", declarou.
Além disso, a decisão judicial que afasta Ednaldo Rodrigues da presidência da CBF revela a dificuldade de contato com o Coronel Nunes, que justificou a ausência por meio da família.
"O referido causídico [advogado] informa que não conseguiu contato pessoal com o cliente, sendo notificado pela família de que o Coronel Nunes 'não está bem' e que se submeterá à avaliação médica no Hospital Albert Einstein", completou.
O que acontece agora com a CBF?
Na decisão, Gabriel Zefiro ordena, além do "afastamento da atual diretoria da CBF", que o vice-presidente Fernando José Sarney atue como interventor para uma nova eleição — que deve ser feita "o mais rápido possível". Até lá, será ele o responsável por comandar a entidade.
"Que o vice-presidente Fernando José Sarney realize eleição para os cargos diretivos da CBF, na qualidade de interventor, o mais rápido possível, obedecendo-se aos prazos estatutários", dispôs o desembargador.
Decisão vem logo após contratação de Ancelotti
A pressa de Ednaldo Rodrigues para anunciar Carlo Ancelotti como treinador da Seleção, algo que foi feito antes mesmo da confirmação de saída do Real Madrid, explica-se pela necessidade de uma cartada para permanecer no cargo.
Mesmo assim, a decisão do desembargador foi afastá-lo. Em entrevista recente, Ednaldo admitiu que a contratação de Ancelotti só não foi oficializada no primeiro acordo divulgado entre os dois por ter sido retirado da presidência.
Após o retorno, passou alguns meses e enfim anunciou o italiano para o cargo. Agora, resta saber se o afastamento de Ednaldo Rodrigues da presidência da CBF terá impacto na chegada de Ancelotti, um dos maiores vencedores do futebol europeu.
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