Justiça manda Flamengo reintegrar segurança que ajudou em resgates na Tragédia do Ninho
O Flamengo foi condenado em primeira instância na Justiça do Trabalho a indenizar e reintegrar o ex-segurança Benedito Ferreira, que trabalhou no clube por 14 anos e atuou no resgate de vítimas durante o incêndio do Ninho do Urubu, em fevereiro de 2019. O clube terá que pagar pelos menos R$ 600 mil.
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O valor da condenação inclui R$ 100 mil por danos morais e R$ 500 mil por danos materiais, além de pensão vitalícia até os 78 anos. O clube tem pouco mais de uma semana para recorrer. Benedito foi demitido em 2022 e moveu duas ações contra o Flamengo, alegando o agravamento de problemas de saúde relacionados ao trabalho. A informação do veredicto judicial é do portal 'ge'.
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Benedito Ferreira trabalhou no Flamengo de 2008 até 2022. Durante o período, ingressou com duas ações contra o clube: uma ainda como funcionário, reclamando direitos trabalhistas, previdenciários e cíveis, e outra após sua demissão, alegando o agravamento de problemas de saúde relacionados ao serviço prestado.
Uma das principais queixas no processo era que o clube não havia comunicado ao INSS a relação entre seu afastamento e o que vivenciou no dia da Tragédia do Ninho.
Laudo pericial reconheceu transtornos psicológicos e atuação durante o incêndio no Ninho do Urubu
Na ação vencida por Benedito, um laudo pericial determinou que Benedito apresenta transtorno depressivo, transtorno de adaptação e transtorno de pânico, com agravamento do quadro e presença de ideação suicida.
O perito designado pela Justiça concluiu que o trabalho no Flamengo causou ou contribuiu para os problemas de saúde. Segundo o juiz, o Flamengo agiu de forma ilícita ao demitir Benedito mesmo ciente de que ele estava em tratamento médico para quadro considerado grave e de origem ocupacional.
O laudo também apontou que o trabalhador está “inapto com restrição” para exercer as funções que desempenhava ou outras similares.
Benedito Ferreira participou do resgate de três jovens durante o incêndio que atingiu o Ninho do Urubu em fevereiro de 2019, quando 10 atletas das categorias de base morreram.
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