José Boto ressalta objetivo de revelar jovens talentos do Flamengo
![José Boto sorri para jornalista durante a coletiva de imprensa no Ninho do Urubu](https://fla-image.mundobola.com/_next/image/?url=https%3A%2F%2Ffla-media.mundobola.com%2Fmedia%2F2024%2F12%2Fjose-boto-profissionalizacao-flamengo.jpeg&w=3840&q=75)
Diretor técnico do Flamengo, José Boto concedeu entrevista à CNN neste domingo (9) para comentar o pouco mais de um mês trabalhando diariamente como comandante do futebol rubro-negro. O dirigente português abordou diferentes objetivos que tem a desempenhar no clube, entre os principais está algo marcou a sua carreira no futebol até aqui: trabalhar e revelar talentos das categorias de base.
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O diretor do Flamengo foi chefe do setor de scout de Benfica e Shaktar Donetsk, dois clubes conhecidos por apostarem em jovens e como porta de entrada de muitos brasileiros no futebol europeu. Foi pela relação do time ucraniano com atletas brasileiros que aproximou ainda mais José Boto do mercado nacional,
➕ Flamengo negocia com técnico português para o sub-20
“Quando fui para o Shakhtar, havia uma geração de brasileiros que já estava acabando [por conta da idade e do rendimento]. A minha missão era a renovação do elenco e como o dono do clube tinha uma paixão enorme por jogadores brasileiros, essa paixão levou o Shakhtar a criar uma marca aqui no Brasil. Ou seja, para nós era fácil chegar aqui e recrutar jogadores de sub-20, da Seleção Brasileira. “Aqui no Brasil, eles iam porque o Shakhtar havia lançado muitos jogadores importantes, como o Fernandinho, Alex Teixeira, Willian, o Bernard...”, iniciou o dirigente no "CNN Esportes S/A".
Os trabalhos de José Boto ficaram marcados justamente pela contratação ou desenvolvimento de atletas muito jovens, que na muitas vezes deram retorno técnico e financeiro ao clube do diretor. Uma característica que pretende manter como diretor técnico rubro-negro. Afinal, assim como já afirmou quando questionado sobre a idade dos reforços do Flamengo, diz que o jogador encaixar no sistema de jogo proposto pelo treinador independe da idade.
“Isso é uma das minhas características, de lançar sempre muitos jovens. Para mim, no futebol não há idade, há qualidade. O jogador pode ter 30 anos, 35 e ter muita qualidade, mas também pode ter 18 a 19 anos e ter muita qualidade. A minha experiência em clubes como o Benfica, como o Shakhtar, onde nós vínhamos buscar aqui na América do Sul muitos jogadores que eram desconhecidos e depois se tornaram grandes jogadores mundialmente”, contou.
“O próprio David Luiz, o Di María, foram os jogadores que quando chegaram ao Benfica eram desconhecidos. Eles tiveram essa ascensão na carreira porque tinham qualidade e chegaram a clubes onde o treinador não tinha medo de apostar (…). Isso é algo que tem sido característica nos clubes onde eu tenho passado. Penso que no Flamengo não vai ser diferente também”.
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Dirigente questiona pouco espaço para jovens no Brasil
Alguns atletas brasileiros que se destacam na Europa sequer receberam oportunidades nos clubes em que foram revelados. José Boto questiona exatamente o que leva os clubes do Brasil a preterirem jovens que em poucos meses aparecem em campo disputando a Champions League.
“Isso me leva sempre a uma pergunta: por que um jogador que está no Brasil, que os clubes conhecem, têm-no em casa, não apostam nele? Talvez pensem que por conta da idade não estão prontos para jogar, mas estão prontos para jogar a Champions League. Quando eu digo Champions League, o Shakhtar naquele tempo ganhou do Real Madrid, do Inter de Milão com esses mesmos jovens que meses antes não tinham minutos aqui na série A do Campeonato Brasileiro”, concluiu.