Jornalista não descarta retaliação da CBF ao Flamengo e chama Brasileirão de 'porcaria'; entenda
O jornalista Paulo Calçade criticou a CBF por manter os jogos do Flamengo durante a data FIFA. De acordo com ele, o Campeonato Brasileiro é desvalorizado e chamou de “porcaria”. No entanto, ressaltou que pode ser mesmo retaliação da entidade, como sugeriu o presidente Rodolfo Landim. As declarações foram no “Linha de Passe”, da ESPN, neste domingo (3).
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Segundo Calçade, a Confederação Brasileira de Futebol não trabalha para os clubes, mas finge. Ao ser questionado se os jogos durante as data FIFA poderiam ser retaliação contra o Flamengo, o jornalista não descartou:
“Vindo da CBF, pode ser até que exista uma retaliação, porque ela não trabalha realmente pelos clubes, ela finge, tanto que nem presidente lá tem, é uma bagunça. Os clubes continuam vulneráveis e sozinhos, mas eles poderiam resolver isso coletivamente”, disse Calçade.
Após a partida do Brasileirão, na vitória do Flamengo por 3 a 0 sobre o Athletico-PR, neste domingo, o presidente Rodolfo Landim se manifestou. Demonstrando repúdio, desconfiou dos jogos durante a data FIFA mesmo depois da CBF admitir adiá-los:
“É inaceitável a condição que estamos tendo no Brasil hoje. É mais problemático ainda quando sabemos que o Flamengo está envolvido em lutas importantes pela melhoria do futebol brasileiro. Fica parecendo que isso pode ser uma retaliação contra o clube”, afirmou o presidente do Flamengo.
Calçade defende união entre Flamengo e demais gigantes
Ao comentar sobre a realização dos jogos durante a data FIFA, que sofreu duras críticas do Flamengo, defendeu o clube. Contudo, lembrou que o Campeonato Brasileiro é desvalorizado. E disparou duras palavras:
“Para disputar tudo nessa quantidade de loucura, tem que botar muito dinheiro no time. Quem coloca mais? Flamengo e Palmeiras. Mas o nosso calendário é criminoso, inclusive, afastando equipes da disputa do campeonato. Enquanto a gente não perceber isso, não vamos conseguir vender o nosso campeonato para qualquer lugar do mundo, porque ninguém compra porcaria. O que nós temos aqui é uma porcaria”, declarou.
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Para Calçade, essas atitudes só vão mudar quando houve união entre os clubes. Entretanto, ele lembrou que há mais interesses individuais que coletivos para mudanças no Brasil:
“Tem o Landim que defende o interesse do clube e de seus 40 milhões de torcedores, o Duílio de 30, o Casares, no São Paulo, de 15 milhões. Agora, imagina reunir esses caras e falar: ‘vamos mudar o futebol brasileiro, não dá mais’. Muda. Só que cada um só quer resolver o seu. Todo mundo só quer solução para resolver o seu lado, se eu tiver o meu time inteiro e outro todo desfalcado, problema é do outro”, finalizou.
Jornalista e Historiador, é apaixonado por futebol bem jogado. Já atuou na Rádio Roquette Pinto e como colunista no Goal.com. Siga no Twitter: @EuBrguedes