Jorge Jesus usa Flamengo para defender trabalhos fora da Europa
Jorge Jesus voltou a citar o Flamengo em uma entrevista coletiva após vitória do Al Hilal, nesta segunda-feira (26). Com 24 vitórias seguidas e perto de bater recorde do futebol, o treinador comentou momento na Arábia Saudita e lembrou que o time asiático dá a oportunidade de disputar o Mundial de Clubes, algo que nunca conseguiu na Europa e só o Mengão proporcionou em sua carreira.
“Adoro a minha profissão. Normalmente, procuro campeonatos e equipas que jogam para ganhar títulos. Na Ásia tenho a hipótese de ir ao Mundial de Clubes, como tive no Flamengo. Na Europa nunca tive a chance de treinar nas ligas de Top-5, que dão essa possibilidade. Enquanto tiver saúde e sentir-me bem, vou continuar a trabalhar. Quando não sentir paixão, fico em casa ao pé dos meus amigos e da minha família”, disse Jorge Jesus.
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Atualmente nas quartas de final da Champions da Ásia, contra o Al Ittihad, o Al Hilal precisa vencer a competição para garantir vaga no Mundial. Entretanto, com as recentes mudanças no formato, os campeões continentais irão disputar a nova Copa Intercontinental da Fifa no final desta temporada, que será disputada de forma similar ao Mundial de Clubes dos últimos anos.
O Al Hilal já está classificado também para a Copa do Mundo de Clubes, que substituirá o Mundial e será disputada a cada quatro anos a partir de 2025. Portanto, caso permaneça no time até o torneio, Jorge Jesus vai disputar a nova competição com 32 times e pode encontrar o Flamengo, que também está classificado.
Mas enquanto não chega a data do Mundial, o treinador foca na liderança do Campeonato Saudita e possível recorde de vitórias da história do futebol. Após 24 triunfos seguidos, a equipe de JJ busca superar a marca estabelecida pelo The New Saints, do País de Gales, que emplacou 27 vitórias em 2016.
Jorge Jesus exalta futebol da Arábia Saudita
O treinador campeão da Libertadores e do Brasileiro com o Fla também citou em que o futebol da Arábia Saudita já é melhor do que o europeu e certamente o brasileiro. O português destaca que a Europa está “uma grande confusão” em função de interesses políticos no futebol e destacou a qualidade de estrutura para trabalhar que recebeu no Al Hilal.
“O futuro do mundo está para estes lados, não está para a Europa. Aquilo está uma grande confusão, ninguém manda em ninguém. Mas isso é um fator que não é desportivo, é um fator político. Não é que eu não saiba de política, mas não estou interessado agora”
“Encontrei uma diferença muito grande a nível de estruturas. Estamos num país com temperaturas de 50 graus e imenso calor. Vão aos estádios e olhem a qualidade dos gramados. São campos que parecem de golfe. Depois há todas as condições para os torcedores. Riade é uma cidade fantástica, a crescer todos os dias”
Jornalista graduado no Centro Universitário IBMR, 23 anos, natural do Rio de Janeiro. Amante da escrita e um completo apaixonado pelo Flamengo, vôlei e esportes olímpicos.