Jogo das Estrelas: Autor de gols decisivos pelo Fla, Adílio é o quarto confirmado

16/12/2022, 16:18
Adílio ao lado de busto em sua homenagem; ídolo se emocionou ao conhecer novo Museu do Flamengo

No próximo dia 28 de dezembro, no Maracanã, Zico organizará o Jogo das Estrelas 2022, que terá a 18ª edição da partida beneficente. Assim, após a confirmação de Petkovic, Ronaldo Angelim e Mozer, Junior Coimbra, filho do Galinho e CEO do evento, anunciou a quarta atração: Adílio.

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Nesse sentido, saiba um pouco mais da história de Adílio no Flamengo e o que fez ele estar, mais uma vez, entre os convidados para o Jogo das Estrelas. O ex-meia esteve em 2021, no Estádio Luso-Brasileiro.

História de Adílio no Mais Querido

Com sete anos de idade, Adílio chega à base do Flamengo. Dessa forma, participa das categorias até completar 18 anos, quando sobe para o profissional em 1975. Na equipe principal, atua junto com jogadores marcantes da história do Rubro-Negro, como Zico e Andrade.

Já no primeiro ano de profissional, o meia atua em quatro jogos e conquista três títulos: Torneio Governador Leonino Caiado, Torneio de Uva e Taça José João Altafini “Mazzola”, porém todos sem destaque nacional. Nos dois próximos anos, Adílio ganha mais dois torneios, mas consegue ter mais minutagem. Bem como, em 1976 e 77, disputou, ao todo, 75 partidas, com dez gols e sete assistências.

Posteriormente, o Mais Querido se reforça e monta um elenco imbatível, que aí sim começa a levantar troféus importantes. Em 1978, o Mengão domina o Rio de Janeiro com os troféus do Campeonato Carioca, Taça Guanabara e Taça Rio. O meio-campista destro aumentou ainda mais as estatísticas com o Manto Sagrado: 66 jogos, 14 gols e nove assistências.

Em 1979, Adílio continuou com a titularidade absoluta e o Flamengo, cada vez mais, confirmando a superioridade no Rio. O Rubro-Negro conquistou dois Carioca, visto que teve uma edição especial, e a Taça Guanabara. Além disso, também venceu Troféu Ramón de Carranza, torneio organizado pelo Cádiz, da Espanha. Neste ano, o meia dobrou o número de assistências comparado com o ano anterior: 69 jogos, 12 bolas na rede e 18 passes para gols.

Logo, na temporada seguinte, veio o grande ‘start’ para marcar este elenco na história do Flamengo. O Mais Querido conquistou o Brasileiro, além do tri da Taça Guanabara e o bi do Troféu Ramón de Carranza. Com o título nacional, o Mengo garantiu vaga na Libertadores do próximo ano, onde o time rubro-negro volta a disputar competições continentais.

O Grande Ano

1981: Está marcado na história de todos os flamenguistas. Já começou o ano vencendo o Carioca e o tetra da Taça Guanabara. Após, veio a Libertadores, que o colocou na Copa Intercontinental. Desse modo, encarou o Liverpool. Adílio, que já tinha dominado na posição no meio-campo, foi titular e decisivo no grande confronto. O meia marcou o segundo gol do Flamengo na vitória por 3 a 0.

Portanto, o maior ano da carreira de Adílio e da história do Mais Querido foram em 1981. Além desses dois títulos extremamente relevantes, o elenco rubro-negro ainda levantou taças internacionais: Copa Punta del Este e Torneio Quadrangular de Nápoles.

Neste ano, Adílio disputou 68 partidas, marcou 17 gols e deu 15 assistências.

Bi Brasileiro

Além da Taça Rio (1983) e Taça Guanabara (1982), os dois anos seguintes ficaram marcados pelo bi brasileiro. Após o auge rubro-negro, o Flamengo se manteve em alta no cenário nacional. Adílio, com sua criatividade e o passe perfeito, colaborou para mais conquistas rubro-negra. Na decisão de 1983, contra o Santos, o meia sacramentou a vitória por 3 a 0 com seu gol.

Ao todo, em 1982 e 83, Adílio fez 115 jogos, balançou a rede 30 vezes e deu 17 passes para gols.

Desde a chegada ao profissional até este ano, o meia atuou ao lado de Zico, formando uma enorme parceria no meio-campo do Flamengo.

Últimos quatro anos no Mais Querido

Sem mais o astro do time, já que Zico havia ido para a Udinese ficar duas temporadas, o Flamengo não conseguiu ter a mesma força nacional. Bem como, em 1984, 85 e 86, conquistou apenas quatro títulos, todos de cenário estadual: Taça Guanabara (1984), Taça Rio (1985 e 86) e Carioca (1986).

Zico até retornou ao Rubro-Negro em 1985, porém jogou seis jogos e no seguinte mais quatro. Ou seja, não teve como ajudar o Clube. Já Adílio se manteve em bom ritmo em 84 e 85, mas caiu em 86.

Indo para seu último ano no Flamengo, Adílio não levantou taças no Brasil e caiu de produção, atuando apenas 29 jogos e fazendo sete gols. A última partida foi contra a Seleção da Argélia, em um amistoso, que terminou em 1 a 0 para o Mais Querido.

No entanto, não foi a despedida do meia com o Manto Sagrado. Isso porque retornou em 1990 para realizar, de fato, seu último jogo pelo Rubro-Negro em um empate por 2 a 2, diante do World Cup Masters, no Maracanã.

Por fim, no geral, Adílio participou de 617 partidas, marcou 129 gols e deu 91 assistências. Com este número de vezes atuando pelo Flamengo, o meia se tornou o terceiro jogador com maior número de jogos disputados pelo Clube.


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Fellipe Perdigão
Autor

Sou jornalista, formado pela FACHA, de 21 anos. Pouco tempo na área de jornalismo, mas com sonhos, que eram inimagináveis, conquistados, como a cobrir a final da Copa do Brasil, em 2022, no Maracanã. Objetivo é continuar na busca de mais realizações!