Jorge Jesus alfineta imprensa e faz apelo para não politizarem tragédia do Ninho

08/02/2020, 21:08
Jorge Jesus nos tempos de Flamengo

Em um dia de homenagens aos Garotos do Ninho pela data de um ano da tragédia, o Flamengo derrotou o Madureira por 2 a 0 e carimbou a vaga na semifinal da Taça Guanabara. Gabigol e Pedro marcaram os gols da partida. Após o jogo, o técnico Jorge Jesus concedeu mais uma entrevista coletiva com declarações fortes.

Mais de 64 mil torcedores estiveram no Maracanã para a partida contra o Madureira, o que fez Jorge Jesus elogiar a Nação Rubro-Negra. O Mister exaltou o fato e afirmou que não é qualquer torcida que coloca essa quantidade de pessoas em um jogo de Campeonato Estadual.

“Voltamos a fazer um jogo de muita qualidade. Quem está no estádio, está confiante. Imprimimos um ritmo muito alto e cansamos o Madureira. Parabéns aos jogadores e ao público. Um jogo com 60 e tantas mil pessoas, contra o Madureira, com todo respeito, não é normal”, disse o português.

Jorge Jesus aproveitou a vitória para alfinetar parte da imprensa, que debateu sobre o fato do Flamengo não valorizar o Campeonato Carioca e utiliza-lo como pré-temporada.

“Ao contrário de alguns jornalistas que disseram que nós não respeitávamos a competição, aqui está. O que é respeitar a competição? É colocar os melhores em campo. Se isso não é respeitar, o que é? Como ainda não tem muita coisa para criticar o Flamengo, buscam qualquer coisa sem sentido. Nós gostamos da crítica, mas tem que ter alguma razão. Colocamos os melhores jogo a jogo e pensando sempre na primeira decisão”, disparou.

O treinador do Flamengo também foi perguntado sobre a falta de autorização dos familiares a entrarem no Ninho do Urubu, neste sábado, para prestarem homenagens aos jovens mortos na tragédia. Jesus fez um apelo para não tornarem o ocorrido em uma questão política.

“Nunca vamos tirar a dor de quem perdeu seus filhos. Tentamos homenagear o dia. O que podemos fazer é recordar e sentir a dor deles. Não posso responder (sobre a não-entrada no Ninho), porque passa por questões jurídicas. Mas queria dizer para não fazerem disso uma arma política. Já tem muita dor para os pais das famílias. Não façam disso uma arma política”, pediu o Mister.

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