Iscas e guardiões: analista explica impactos de Pulgar e De La Cruz

14/02/2025, 17:10
Atualizado: 14/02/2025
Pulgar e De La Cruz pelo Flamengo

Filipe Luís já deixou claro que não abre mão de jogar com dois volantes. Essa é uma característica importante do jogo do técnico, que conta com a dupla formada por Pulgar e De La Cruz.

Os titulares tiveram seu jogo destrinchado pelo canal Falando de Tática, que afirmou que os dois dão "sustentação". 

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Com imagens do jogo da Supercopa, o analista explica que os dois atuam lado a lado e estão sempre buscando a aproximação, com e sem a bola, principalmente para uma boa associação no meio-campo.

"Pulgar e De La Cruz estão sempre alinhados e perto. Isso tem um motivo. Aqui, o Igor Jesus deu uma cochilada e a linha de passe abre para o Pulgar. Ortiz, bom passador, acha o passe para o Pulgar, que domina, gira, joga e acha o Plata", inicia.

Com isso, os volantes servem como iscas para abrir espaço.

"Ele atrai o Matheus Martins, que anda para dentro, para ajudar o volante. Essa bola volta para trás e circula de novo. Os dois volantes, o tempo inteiro alinhados, para atrair a marcação", diz.

Pulgar e De La Cruz são iscas de marcadores

A dupla sabe como atrair a marcação, deixando o time adversário espaçado, ou mesmo liberando os lados do campo.

"A ideia é atrair marcadores no corredor central para gerar espaço nos corredores laterais. Explorar exatamente a força dos laterais do Flamengo", diz.

Quando o espaço não é pelo lado, é pelo meio.

"Servem como isca para atrair marcadores e gerar espaço entre as linhas. Quando eles sobem, atraídos pelos volantes, deixam espaço nas costas. O Flamengo consegue espaçar as linhas e descompactar o bloco a partir desse movimento. Isso é uma constante, eles são muito importantes", destrincha.

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Disciplina e progressão

O analista destaca que Pulgar e De La Cruz possuem "sempre muita disciplina para fazer o que o Filipe pede, que é estarem alinhados". Além disso, também é importante para a organização do time.

"Eles têm um papel muito importante na progressão do time. São dois jogadores de passes progressivos. Nico ainda tem o bônus de conduzir muito. Se o espaço se oferecer, ele vai andar para frente e gerar vantagem. Faz o time progredir e acha o passe", comenta.

Ele cita ainda um lance do jogo contra o Botafogo para destacar a importância nos rebotes.

"Importância nos rebotes. O Pulgar fica com a bola, o De La Cruz tinha batido escanteio do outro lado. Olha o movimento que ele faz para aproximar do Pulgar. Sai do outro lado para chegar perto do Pulgar, recebe do Pulgar e acha um passe vertical. Eles se procuram muito e trocam muitos passes", afirma.

Impacto defensivo

A dupla rubro-negra também faz muito bem ao time defensivamente. Pulgar, por exemplo, sabe bem como acabar com um ataque adversário. Mas o conceito de cobertura curta também foi citado.

"Cobertura curta. São muito responsáveis por isso e impedem o adversário de progredir. O Pulgar tem feito isso muito bem, se antecipa e já desarma, armando. O Flamengo ganha a posse e já avança", explica.

Além disso, a presença dos jogadores na frente da área dificulta a entrada do ataque rival. O analista se refere aos atletas como guardiões, sobretudo centrais, forçando o time rival a jogar pelas pontas.

"São os guardiões da frente da área. Muita leitura, sempre bem posicionados. Estão sempre presentes na frente da área para serem os guardiões centrais e induzir os adversários a conduzir pelo corredor lateral", finaliza. Veja a análise completa abaixo.