História do Flamengo Feminino: evolução e momentos marcantes

Da origem à consolidação, com conquistas e grandes nomes atuando na equipe. O MundoBola Flamengo mergulhou na história do futebol feminino do Clube até aqui e preparou uma série de matérias para contar a linha do tempo para a Nação.
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Flamengo Feminino rompe com Marinha e anuncia novo CT
Neste primeiro artigo vamos abordar a transição do time feminino de Flamengo/Marinha para um Flamengo mais independente, o cenário nacional da categoria na época e a importância dessa mudança para a modalidade.

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A parceria Flamengo/Marinha e os primeiros títulos
O Flamengo Feminino como conhecemos hoje é fruto de uma parceria que surgiu em 2015 com a Marinha. A relação dava ao Rubro-Negro jogadoras militares, campo, academia e até estrutura de alojamento para as atletas vindas de fora do Rio de Janeiro.
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Na época, havia conflitos entre o calendário militar e as datas de campeonatos estaduais e até nacionais, o que causava certo incômodo na torcida e gerava cobranças para o clube assumir de fato a categoria. Mesmo com todos os problemas, a parceria gerou frutos: o time foi Campeão Brasileiro em 2016 e ganhou cinco estaduais entre 2015 e 2019.
A falta de visibilidade no futebol feminino pré-2019
Na época, não existia tanta mídia e marketing envolvendo a categoria. Assim como nem todos os clubes tinham time feminino, não havia tanto interesse em divulgação e as postagens em redes sociais eram mínimas. Isso afastava patrocinadores e possíveis investimentos.
A mudança de cenário: CBF e Conmebol impulsionam a modalidade
Em 2019, todos os clubes da Série A do Campeonato Brasileiro masculino passaram a ser obrigados a seguir as regras do Licenciamento de Clubes da CBF. Uma das exigências era que cada clube mantivesse um time de futebol feminino disputando um campeonato nacional ou estadual.
A Conmebol também determinou que clubes sem equipe feminina não poderiam disputar a Libertadores e a Sul-Americana a partir daquela temporada. A medida seguiu o artigo 23 do estatuto da Fifa, que exige ações de governança para promover a igualdade de gênero.
O Flamengo já contava com uma equipe feminina desde 2015 e decidiu investir mais na categoria, visando alcançar os times paulistas e colocar o futebol feminino em outro patamar.
Situação dos clubes com o surgimento da regra
Assim que a regra foi imposta, os clubes se dividiam entre os que já tinham projetos estruturados no Feminino, aqueles que estavam encaminhados ou iniciando suas trajetórias e alguns que não tinham iniciativas.
Veja o panorama abaixo:
Projetos já estruturados na categoria:
- Ceará;
- Corinthians;
- Flamengo;
- Grêmio;
- Internacional;
- Santos;
- Vasco.
Projetos encaminhados:
- Atlético Mineiro;
- Bahia;
- Chapecoense;
- São Paulo;
- CSA;
- Goiás.
Iniciando o planejamento:
- Athletico Paranaense;
- Fluminense.
Sem iniciativas para formar o time:
- Avaí;
- Botafogo;
- Cruzeiro;
- Palmeiras;
- Fortaleza.
Ou seja, dos vinte clubes que iriam participar do Brasileirão masculino em 2019, 13 estavam fora da regra.
O primeiro confronto da nova fase
A estreia oficial do “novo” Flamengo aconteceu no Campeonato Brasileiro Feminino A1, no dia 17 de março de 2019, contra o Foz Cataratas/Athletico-PR, no Estádio Pedro Basso, em Foz do Iguaçu. O Flamengo venceu por 3 a 1, com gols de Larissa, Ju e Dany Helena, enquanto o Foz Cataratas descontou com um gol de Verônica.
A equipe foi eliminada na semifinal pelo Corinthians, que dominava a categoria ao lado de outros clubes paulistas, como o Santos, que ainda tem força no cenário do futebol feminino do país. Um exemplo desse domínio é a Supercopa Feminina: das quatro edições que já ocorreram, o Corinthians venceu todas.
No mesmo ano da transição, o Flamengo foi pentacampeão carioca, mostrando sua soberania no Rio de Janeiro. Foram cinco títulos em cinco anos. Então, buscar maior reconhecimento nacional é um próximo passo natural no processo.
Atual posição do Flamengo Feminino no ranking nacional
Atualmente, o Mais Querido é o time do Rio de Janeiro com a melhor posição no ranking da CBF, ocupando o oitavo lugar, atrás de Corinthians, Ferroviária, São Paulo, Palmeiras, Internacional, Santos e Grêmio.