História do Flamengo Feminino: evolução e momentos marcantes

07/03/2025, 18:04
Atualizado: 07/03/2025
A imagem mostra a camisa do Flamengo Feminino esticada na parte de trás do gol, no Manto é possível ver os logos da Adidas (esquerda), Marinha (meio) e Flamengo (direita).

Da origem à consolidação, com conquistas e grandes nomes atuando na equipe. O MundoBola Flamengo mergulhou na história do futebol feminino do Clube até aqui e preparou uma série de matérias para contar a linha do tempo para a Nação

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Neste primeiro artigo vamos abordar a transição do time feminino de Flamengo/Marinha para um Flamengo mais independente, o cenário nacional da categoria na época e a importância dessa mudança para a modalidade. 

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A parceria Flamengo/Marinha e os primeiros títulos

O Flamengo Feminino como conhecemos hoje é fruto de uma parceria que surgiu em 2015 com a Marinha. A relação dava ao Rubro-Negro jogadoras militares, campo, academia e até estrutura de alojamento para as atletas vindas de fora do Rio de Janeiro. 

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Na época, havia conflitos entre o calendário militar e as datas de campeonatos estaduais e até nacionais, o que causava certo incômodo na torcida e gerava cobranças para o clube assumir de fato a categoria. Mesmo com todos os problemas, a parceria gerou frutos: o time foi Campeão Brasileiro em 2016 e ganhou cinco estaduais entre 2015 e 2019

A falta de visibilidade no futebol feminino pré-2019

Na época, não existia tanta mídia e marketing envolvendo a categoria. Assim como nem todos os clubes tinham time feminino, não havia tanto interesse em divulgação e as postagens em redes sociais eram mínimas. Isso afastava patrocinadores e possíveis investimentos.

A mudança de cenário: CBF e Conmebol impulsionam a modalidade

Em 2019, todos os clubes da Série A do Campeonato Brasileiro masculino passaram a ser obrigados a seguir as regras do Licenciamento de Clubes da CBF. Uma das exigências era que cada clube mantivesse um time de futebol feminino disputando um campeonato nacional ou estadual. 

A Conmebol também determinou que clubes sem equipe feminina não poderiam disputar a Libertadores e a Sul-Americana a partir daquela temporada. A medida seguiu o artigo 23 do estatuto da Fifa, que exige ações de governança para promover a igualdade de gênero.

O Flamengo já contava com uma equipe feminina desde 2015 e decidiu investir mais na categoria, visando alcançar os times paulistas e colocar o futebol feminino em outro patamar.

Situação dos clubes com o surgimento da regra

Assim que a regra foi imposta, os clubes se dividiam entre os que já tinham projetos estruturados no Feminino, aqueles que estavam encaminhados ou iniciando suas trajetórias e alguns que não tinham iniciativas.

Veja o panorama abaixo:

Projetos já estruturados na categoria:

  • Ceará;
  • Corinthians;
  • Flamengo;
  • Grêmio;
  • Internacional;
  • Santos;
  • Vasco.

Projetos encaminhados:

  • Atlético Mineiro;
  • Bahia;
  • Chapecoense;
  • São Paulo;
  • CSA;
  • Goiás.

Iniciando o planejamento:

  • Athletico Paranaense;
  • Fluminense.

Sem iniciativas para formar o time:

  • Avaí;
  • Botafogo;
  • Cruzeiro;
  • Palmeiras;
  • Fortaleza.

Ou seja, dos vinte clubes que iriam participar do Brasileirão masculino em 2019, 13 estavam fora da regra.  

O primeiro confronto da nova fase

A estreia oficial do “novo” Flamengo aconteceu no Campeonato Brasileiro Feminino A1, no dia 17 de março de 2019, contra o Foz Cataratas/Athletico-PR, no Estádio Pedro Basso, em Foz do Iguaçu. O Flamengo venceu por 3 a 1, com gols de Larissa, Ju e Dany Helena, enquanto o Foz Cataratas descontou com um gol de Verônica.

A equipe foi eliminada na semifinal pelo Corinthians, que dominava a categoria ao lado de outros clubes paulistas, como o Santos, que ainda tem força no cenário do futebol feminino do país. Um exemplo desse domínio é a Supercopa Feminina: das quatro edições que já ocorreram, o Corinthians venceu todas.

No mesmo ano da transição, o Flamengo foi pentacampeão carioca, mostrando sua soberania no Rio de Janeiro. Foram cinco títulos em cinco anos. Então, buscar maior reconhecimento nacional é um próximo passo natural no processo.

Atual posição do Flamengo Feminino no ranking nacional

Atualmente, o Mais Querido é o time do Rio de Janeiro com a melhor posição no ranking da CBF, ocupando o oitavo lugar, atrás de Corinthians, Ferroviária, São Paulo, Palmeiras, Internacional, Santos e Grêmio.