O Governo Federal vai entrar na briga pela paralisação do Campeonato Brasileiro de Futebol, tanto no masculino quanto no feminino, por caisa da tragédia climática que atinge o Rio Grande do Sul. A pressão será feita pelo Ministério dos Esportes, nos próximos dias, junto à CBF. A entidade que comanda o futebol brasileiro decidiu em um primeiro momento apenas adiar as partidas que envolvem clubes gaúchos.
O Ministro dos Esportes, André Fufuca soltou nota oficial nesta quinta (9) em que defende a paralisação do Campeonato Brasileiro para que os esforços sejam todos centralizados no auxílio às vítimas das enchentes que atingem principalmente o vale do Taquari, serra gaúcha e grande Porto Alegre. Mais de 170 mil pessoas estão desalojadas e 107 mortes já foram confirmadas.
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Na nota oficial, Fufuca disse: “É hora de concentrar esforços no apoio às vítimas, na reconstrução das áreas afetadas e na mitigação dos impactos causados pela tragédia. A dimensão humana precisa vir antes da esportiva. A preocupação maior é com a integridade física e psicológica dos atletas, torcedores e demais envolvidos”.
CBF consultou clubes sobre paralisação e maioria foi contra
Apesar da pressão para que haja a paralisação do Campeonato Brasileiro, o Governo Federal não tem competência para tomar tal decisão. Cabe à CBF decidir sobre a interrupção ou não do torneio. Nesta semana, a entidade consultou clubes e patrocinadores sobre que medida deveria ser tomada. Não houve consenso. O Flamengo e outros clubes grandes como Palmeiras e São Paulo, foram contra a paralisação.
A CBF decidiu adiar todas as partidas que envolvam clubes gaúchos como mandantes ou visitantes até 27 de maio. A entidade espera que até essa data, a situação já esteja normalizada ou ao menos remediada. Os presidentes de Grêmio, Internacional e Juventude já se manifestaram sobre o desequilíbrio técnico que o simples adiamento das suas partidas vai causar.