Tite chegou ao Flamengo no final de 2023, colocando com a expectativa dos torcedores lá em cima. Técnico da Seleção nas últimas duas Copas do Mundo, apesar do mal resultado em ambas, chegava com um prestígio que, mesmo não correspondendo, não teria sido levado em conta pela diretoria, na hora de demiti-lo, segundo Galvão Bueno.
Para o comunicador, Tite já sentia que seria demitido logo após a vitória sobre o Athletico-PR, pelo Brasileirão, no domingo (29). E suas atitudes na coletiva, apontavam para isso.
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“O trabalho do Tite não foi bom, não foi dentro daquilo que se esperava, começou bem, não desenvolveu, estava mal… mas é um técnico de prestígio com duas Copas do Mundo. Não é assim que se faz. Eu acho que o Tite até já estava esperando porque na coletiva ele pedia ajuda a toda hora, ele não conseguia falar. Ele se segurou”, analisou Galvão.
Galvão Bueno ainda disparou novamente a diretoria ao apontar o quanto foi gasto em multas, e quantos técnicos foram demitidos após Jorge Jesus.
“Quero lembrar algumas coisas que essa direção fez de 2020 para cá. Sete técnicos depois do Jorge Jesus. 55 milhões de reais em indenizações. A torcida reclama e sempre reclamou. Todas as torcidas fazem isso. Será que o dirigente não tem equilíbrio emocional para lidar com isso”, disse.
Galvão questiona decisões da diretoria quanto a técnicos
Durante a “era Landim”, o Flamengo já teve dez técnicos em seu comando. De Abel Braga, até Tite, apenas Jorge Jesus não foi demitido, optando ele por sair por contra própria.
Em cima disso, Galvão questionou o trabalho da diretoria quanto a esse fator, apontando que acima de qualquer coisa, ai que estão os erros.
“Eles têm a caneta e podem demitir. Mas quem é que vai demiti-los? O problema do Flamengo, mais do que o técnico, mais do que jogador… a direção do Flamengo comete erro atrás de erro. São sete técnicos demitidos. É correto o trabalho de uma diretoria como essa?”, avaliou o jornalista.
Filipe Luís agora assume o Fla primeiramente como interino, depois de menos de um ano de experiência como técnico, tendo pela frente Copa do Brasil e briga na parte de cima da tabela no Brasileirão.