Galvão Bueno compara lesão de Neymar a 1962 e procura 'novo Garrincha'
O Brasil já sabe que não vai poder contar com seu principal jogador nos dois próximos jogos da Copa do Mundo do Catar. Neymar sofreu lesão ligamentar no tornozelo direito contra a Sérvia e não enfrenta Suíça e Camarões. O camisa dez faz tratamento para voltar nas oitavas de final.
Principal narrador da televisão brasileira há décadas, Galvão Bueno está se despedindo das transmissões na Copa do Mundo Catar. A voz dos jogos da Seleção Brasileira desde a década de 1980, Galvão vê semelhanças entre a situação de Neymar com a que o maior jogador de todos os tempos viveu há 60 anos.
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No Twitter, o narrador postou sobre como perder Neymar em 2022 é parecido com a forma como a Seleção Brasileira perdeu Pelé na Copa do Chile, em 1962. Galvão Bueno torce para que o desfecho seja o mesmo, pois o Brasil sem Pelé foi bicampeão mundial naquele ano.
Nas redes sociais, Galvão escreveu: “Pelé se machucou no primeiro tempo do segundo jogo da Copa de 1962!! Não jogou mais!! E Garrincha virou o dono daquela Copa!! Se o Neymar não jogar, temos a possibilidade de ter um novo Garrincha?”
O narrador da Globo perguntou aos seus seguidores quem eles acham que será o “novo Garrincha” da Seleção. Para Galvão, o Brasil precisa de um jogador que assuma o protagonismo que Neymar teria, mas que não poderá exercer por causa da lesão.
O comunicador escreveu: “Queria ter perguntado isso hoje ao Tite, mas não me deram a palavra, por mais que eu levantasse o braço! Mas eu quero ouvir de vcs!! Sem o Neymar, quem poderia ser o novo Garrincha e tomar a Copa para si?? Diga lá!!”
Pelé se machucou no segundo jogo do Brasil em 1962
Em 1962, o Brasil chegava ao Chile como grande favorito, pois era o grande campeão de 1958. Com Pelé e Garrincha no auge da forma, o time comandado por Aymoré Moreira parecia não ter adversários. Porém, uma distensão muscular tirou Pelé de combate logo no segundo jogo, contra a Tchecoslováquia, ainda na primeira fase.
O Rei não voltou mais, mas foi substituído por Amarildo, do Botafogo. O cronista Nelson Rodrigues apelidou o jogador botafoguense de “O Possesso”, depois que ele fez dois gols logo no primeiro jogo como titular, contra a Espanha, ajudando a classificar a Seleção para as quartas de final.
Sem Pelé, Garrincha, também do Botafogo, assumiu o papel de grande craque do Brasil. O Mané marcou quatro gols na Copa, Sendo dois na semifinal contra o Chile, em um dos jogos mais tensos da história do futebol. Depois do título, aquela Copa ganhou o apelido de a Copa do Mané.