'Futebol virou business e perdeu a essência': Danilo se diz privilegiado por jogar no clube do coração

Atualizado: 14/05/2025, 18:02
Danilo, do Flamengo, durante o programa Sem Censura da TV Brasil

Nesta terça-feira (13), Danilo foi convidado a participar do programa "Sem Censura", da TV Brasil. O defensor do Flamengo fez criticas ao futebol atual, no qual considera ter se tornado "business" — perdendo a sua essência.

Danilo relembra infância rubro-negra e diz que vestir o Flamengo completou sua carreira

O zagueiro apontou que os clubes são tratados como empresas e as partidas são discutidas por números e estatísticas. O jogador afirmou que tal modo de gerir o esporte acaba influenciando na formação dos atletas — que são os responsáveis pelo espetáculo.

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"O futebol, ao se tornar business, é incompatível com aquilo que é a essência do futebol, que é a paixão do torcedor, você ser apegado ao clube, ser nascido e criado ali e criar raízes. Então ficou incompatível, seja para os torcedores ou jogadores. É difícil criar e manter essa afinidade que você tem de criança. Eu me considero um privilegiado por, nesse momento da minha carreira, escolher jogar no meu clube de coração", opinou Danilo.

Sobre a família, o atleta afirmou ter se emocionado quando revelou ao pai que havia acertado com o Flamengo. Para o jogador, o sentimento de fazer as pessoas próximas felizes vale mais do que o sucesso em outros países.

Danilo classificou a sensação de atuar no Mais Querido como "diferente" e afirmou ter recuperado emoções com o futebol.

"É diferente. Eu imaginava que seria bom, mas superou todas as expectativas. É prazeroso. Eu me vejo como aquele Danilo de nove, dez anos, que torcia e vibrava. Eu recuperei sensações que o mundo do futebol foi tirando um pouco, as cobranças, a necessidade de vencer e a pressão. Isso tem me feito muito bem", revelou o jogador.

Danilo vê Mundial de Clubes como 'oportunidade'

Ao ser questionado pela apresentadora Cissa Guimarães sobre a Copa do Mundo de Clubes da Fifa, Danilo apontou para o fato da competição inserir mais jogos no calendário brasileiro. Apesar de ver o grande número de partidas como uma loucura, o defensor possui expectativas positivas para o torneio.

"Vai reunir os maiores clubes do mundo, de todos os continentes, o que é bacana, porque aí a gente trabalha a inclusão cultural. A combinação das culturas, as torcidas, você enfrentar outras escolas e outros tipos de jogo. A gente vai ter essa oportunidade de poder estar convivendo com o futebol em si, mas também com as estruturas e logísticas. Eu acho que é importante para a evolução do nosso futebol", disse o atleta.

No dia 16 de junho, o Flamengo enfrentará o Espérance pela estreia do Mundial de Clubes. Além do time tunisiano, o Chelsea também está no grupo do Mais Querido.

Após a exclusão do Club Léon-MEX, a Fifa promoverá um play-off entre América-MEX ou LAFC-EUA para decidir o dono da vaga restante.