O novo filme da trilogia ‘A Menina Que Matou os Pais’ foi lançado na última semana, sendo muito bem recebido pelo público. Dessa forma, o caso Richthofen voltou à tona, mesmo após 21 anos do crime. O jogo entre Flamengo e Corinthians, válido pelo Brasileirão de 2002, foi fundamental para montar o quebra-cabeça da história na época.
O caso Richthofen marcou o começo dos anos 2000 no Brasil. Suzane von Richthofen, de apenas 18 anos no dia do crime, confessou ter mandado o seu namorado Daniel Cravinhos, junto ao seu cunhado, Cristian, matar os seus pais Marísia e Manfred a pauladas. Mas antes de Suzane revelar o crime chocante, a polícia precisou trabalhar duro no caso.
A Justiça estudou várias possibilidades antes de chegar a filha do casal assassinado. O que mais chamava atenção em Suzane e Daniel, ambos interrogados na delegacia, eram os horários, que não batiam.
O casal afirmava ter chegado na mansão Richthofen por volta da meia-noite, antes de ir para um motel, e chegou a ver Marísia e Manfred “roncando”. Mas graças ao jogo entre Flamengo e Corinthians, o porteiro do condomínio conseguiu desmentir a versão de Suzane.
Derrota do Flamengo para o Corinthians foi essencial no caso Richthofen
O Rubro-Negro e o time paulista se enfrentavam pelo Brasileirão de 2002. A partida coincidiu de acontecer no dia 30 de outubro, a data que o trio escolheu estrategicamente para praticar o assassinato. Na hora que Suzane von Richthofen entrou no condomínio, o vigia percebeu a sua chegada.
Assim, em conversa com delegados, o porteiro conseguiu afirmar o horário de 23h50, por lembrar do fim do jogo: o Corinthians venceu o Flamengo por 1 a 0 no Maracanã.
Sendo assim, com essa informação, a perícia concluiu que o crime aconteceu entre às 22h e meia-noite. O horário esclarece que, na realidade, Suzane e os irmãos Cravinhos estiveram na mansão na hora do assassinato, tornando o trio o principal suspeito.
No dia 6 de novembro, Cristian Cravinhos confessou o crime, obrigando Daniel e Suzane von Richthofen a também revelarem a participação nos assassinatos.