E o Flamengo entrou em campo de novo no sábado (30). Na atual conjuntura o flamenguista vive um dilema: fica com saudade de ver o time em campo ao mesmo tempo também fica apavorado.
Com Mário Jorge comandando o elenco, a galera escolhida foi a mesma que começou a decisão com o São Paulo no Morumbi. Sem medo de ser emocionada, eu consigo ver alguma melhora em campo e consigo ver também o porquê de não melhorar de fato.
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Temos um problema crônico na construção de jogadas no meio campo, apesar de Everton Ribeiro ter desempenhado bem a função no sábado, não tem como viver dos lampejos dele, o físico nitidamente não acompanha mais o cérebro, nem o do Arrascaeta que é mais novo, aguenta. Imagine o dele. E voltamos para o mesma treta de sempre: não tem um reserva para o 14. Até teria, mas a diretoria não quis, sabe-se lá o porquê.
Rossi deu uma melhorada ali na defesa, seguro, eficiente na saída de bola, gostei dele e espero que Fabrício entenda que apesar do cara ser bom com os pés, não precisa viver de recuar a bola pro sujeito.
Pedro vive o mesmo problema de Gabriel, a bola não chega e quando chega vem de pedrada.
Nunca achei que faltasse vontade ao grupo, sempre achei que o que falta é comando técnico e fica bem evidente quando jogam contra um time bem armado, com recurso tático. Ninguém desaprende a jogar bola e quando todos diziam que o Malvadão era tão poderoso que nem precisava de técnico, 2023 chegou aí pra mostrar a todos que não é bem assim.
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No final, com gol de pênalti, assinamos mais três pontos na tabela e estamos agarrados no G4. Dá? Ainda dá. Quem conhece o Flamengo sabe que ninguém sai do estádio antes de acabar, que não se perde nenhum jogo até o juiz apitar, o Manto é forte, a Nação empurra. Estamos vivos e apesar de tudo, nós somos o Flamengo.
Em tempo: ter que esperar Adenor só me faz ter mais revolta dessa falta de profissionalismo da diretoria.