Flamengo salvou Maracanã do abandono ao assumir estádio em 2019; entenda
O Flamengo e o Fluminense são oficialmente os administradores do Maracanã pelos próximos 20 anos. O termo de concessão foi homologado nesta terça (4) no diário oficial do Estado do Rio de Janeiro. Até 2044, a dupla Fla-Flu será responsável por administrar o complexo do Maracanã. A concessão por longo prazo coloca fim a cinco anos de cessões provisórias, que iniciaram em 2019. Antes disso, o estádio estava abandonado;
O Maracanã atual nasceu em 2014 e custou R$ 1,2 bilhão, com superfaturamento de R$ 500 milhões. Para muitos, o que aconteceu no bairro da zona norte do Rio de Janeiro não foi uma reforma, mas uma demolição seguida de construção de um novo estádio. Do velho Maracanã, sobraram apenas o nome e parte da estrutura externa, incluindo as rampas de acesso.
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Após a Copa do Mundo em que a Seleção Brasileira não atuou no estádio, o Maracanã foi cedido por 30 anos para a Odebrecht, que prometeu investir R$ 181,5 milhões. Três anos depois, em 2017, o cenário era de abandono. A construtora estava na mira de investigações globais sobre corrupção e lavagem de dinheiro e queria largar o Maracanã a qualquer custo.
Já nessa época, o Flamengo e outros clubes cariocas gastavam do próprio bolso para colocar o Maracanã em condições mínimas de uso. Naquele ano, o Rubro-negro gastou R$ 1,4 milhão para replantar a grama e poder fazer jogo pela Copa Libertadores. Sem luz e alvo de furtos, o Maracanã estava morrendo.
Flamengo assumiu Maracanã em 2019, com Fluminense a reboque
Quando a situação parecia sem solução, o Flamengo se apresentou como única opção viável para a sobrevivência do Maracanã. Dono da maior torcida do Brasil e quase metade da preferência clubística no Rio de Janeiro, o Rubro-Negro assumiu a administração do complexo. O Fluminense veio a reboque, pois não tinha as certidões negativas necessárias. Vasco e Botafogo, falidos, não tinham condições de participar.
Cinco anos depois, o Flamengo e o Fluminense já investiram mais de R$ 100 milhões em melhorias no Maracanã. A concessão por 20 anos vem com uma etiqueta de preço de mais de R$ 500 milhões. No contrato que iniciou nesta terça (4), o Rubro-Negro tem participação de 65%, enquanto o tricolor participa de apenas 35%.