Flamengo promete tentar reverter decisão polêmica da Conmebol
A última segunda-feira foi de surpresa negativa para a torcida do Flamengo. A Conmebol proibiu a entrada de instrumentos na partida contra a Universidad Católica nesta terça (17). No entanto, quem também não aprovou a determinação foi a diretoria rubro-negra, que promete tentar reverter a decisão da entidade.
Conforme divulgou Venê Casagrande, o diretor de relações externas do Flamengo, Cacau Cotta, estará presente em uma reunião na manhã de terça com a Conmebol. A reunião já acontece normalmente em dias de jogos para resolver questões pendentes do duelo. Contudo, o encontro de logo mais promete, porque o Flamengo discorda da atitude da entidade. “Não faz sentido poder no Chile e na Argentina e aqui não”, comentou Cacau.
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A notícia veio à tona na noite da última segunda-feira após divulgação da torcida Fla-Manguaça. A organizada recebeu uma notificação do Batalhão Especializado em Policiamento em Estádios (BEPE), proibindo a entrada de bateria na partida. Ao receber a informação, a torcida se pronunciou nas redes sociais para rebater a Conmebol. Além disso, a nota também relembrou o caso de racismo e violência que aconteceu no Chile, contra a torcida do Flamengo.
“Acabamos de ser surpreendidos com uma notificação do BEPE em que a CONMEBOL proibiu BATERIA na Libertadores. É inacreditável a instituição tomar atitudes incabíveis e imensamente desnecessárias para coisas fúteis e fechar os olhos para o RACISMO.A que se deve essa proibição? Qual o motivo? Qual o fundamento, Libertadores? Estão acabando com a essência das Arquibancadas e cada vez mais, afastando o verdadeiro torcedor”, questiona a torcida organizada.
Relembre o episódio contra a torcida do Flamengo no Chile
Na segunda rodada da fase de grupos, o Flamengo viajou para Santiago e derrotou a Universidad Católica por 3 a 2. No entanto, se tornou algo secundário após alguns episódios lamentáveis nas arquibancadas do Estádio San Carlos de Apoquindo. Já perdendo, houve torcedores da Universidad Católica imitando macaco, praticando racismo contra os brasileiros.
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Além disso, ainda houve violência. Alguns torcedores ainda atiraram objetos em direção ao setor destinado aos rubro-negros e ainda acenderam um sinalizador. Um dos feridos foi a criança Thiago Carvalho, de 10 anos.
“O Thiago está um pouquinho traumatizado, eu também. O que vimos ontem foi forte… Desculpa. Está triste. Meu filho entrou no estádio feliz. Eu sou flamenguista, ele é chileno, eu sou mais fanática. Ele entrou feliz, ver o Isla, porque é chileno. Entrou rindo, feliz e saiu chorando, com uma ferida no olho. O que ele viveu foi forte.”
Após o episódio, Thiago recebeu um convite para vir ao Rio de Janeiro, conhecer o Ninho do Urubu e os jogadores do Flamengo. Além disso, o garoto ainda estará presente nos camarotes do Maracanã para assistir ao jogo contra a Universidad Católica nesta terça-feira.
Apaixonado por contar histórias. Profissional com facilidade na escrita e na comunicação. Atualmente, redator no Mundo Rubro Negro