Flamengo perdeu 76% das grandes chances criadas com Filipe Luís
O empate sem gols do Flamengo com Fortaleza, nesta terça-feira (26), deve acabar com as chances matemáticas do Rubro-Negro ainda chegar ao título do Brasileirão. Jogo que expôs mais uma vez um dos grandes problemas do time nesta temporada: a falta de eficiência ofensiva. A equipe é a que mais criou chances de marcar desde que Filipe Luís assumiu o time, mas desperdiçou 76% das chances.
O Flamengo criou 42 chances claras de gols nos 12 jogos de Filipe Luís no comando da equipe, uma média de 3,5 por confronto. Mas apenas 10 dessas oportunidades se transformaram em gols, e as outras 32 foram desperdiçadas. Os dados são do portal estatístico ‘Sofascore’.
➕ Filipe Luís justifica formação ofensiva como única maneira de ganhar do Fortaleza
Essa eficiência de apenas 24% explicam o porquê o Rubro-Negro marcou “somente” 12 gols sob o comando do treinador. Um problema que acontece principalmente no primeiro tempo dos jogos. Foram apenas quatro gols marcados na primeira etapa das partidas, 33% do total, mesmo com amplo domínio em alguns jogos.
Além da partida contra o Fortaleza, quando teve 67% de posse da bola e 7 finalizações, outro exemplo de jogo que desperdício de chances custou caro foi no 0 a 0 com o Atlético-MG.
As grandes exceções foram as finais da Copa do Brasil, quando o time venceu tanto a ida quanto a volta contra o mesmo time mineiro. Mas o diferencial do time ao longo da temporada, e com Filipe não é diferente, é a defesa. São apenas cinco gols sofridos, o que “compensou” a falta de gols em algumas partidas.
Filipe Luís comenta falta de eficiência
O treinador do Flamengo foi mais uma vez questionado sobre o time não aproveitar as chances que cria. Filipe admite que o time poderia ter saído com a vitória do Castelão, mas ponderou também a expulsão de Pulgar aos 22 minutos da segunda etapa.
“A gente tentou desmontar um pouco essa defesa deles para conseguir machucá-los. Não é fácil, como eu falei, um time que não perdeu em casa. Mas não só isso, que era o terceiro ou quarto colocado do campeonato. Então, por méritos próprios.”
“Sobre a frustração, claro, já falei na outra vez, eu nunca, jamais vou comemorar o empate. Independente se estiver com um a menos, com dois a menos, a gente nunca vai para lugar nenhum para empatar. Queríamos a vitória, não foi possível, tentamos até o último minuto. E com o sabor de que sim, poderíamos ter saído com a vitória”, finalizou o treinador.
Jornalista graduado no Centro Universitário IBMR, 23 anos, natural do Rio de Janeiro. Amante da escrita e um completo apaixonado pelo Flamengo, vôlei e esportes olímpicos.