Jogando com um time alternativo formado por jovens da base e jogadores pouco aproveitados do elenco principal – os mais velhos a entrar em campo foram o goleiro Gabriel Batista e o volante Hugo Moura, jogando improvisado na zaga, ambos de 22 anos-, o Flamengo lutou, mas perdeu para a equipe principal do Fluminense por 1×0 pela quarta rodada da Taça Guanabara, com gol marcado por Nenê no segundo tempo. Com a derrota, o Flamengo perdeu uma invencibilidade de 30 jogos no Maracanã, iniciada em abril do ano passado.
A última derrota rubro-negra no estádio tinha sido para o Peñarol, na fase de grupos da Libertadores, no dia 3 de abril do ano passado. Foram quase dez meses de invencibilidade no estádio.
O time alternativo treinado por Mauricio Souza encerra sua participação na Taça Guanabara com 2 vitórias, 1 empate e 1 derrota em 4 partidas e em segundo lugar do grupo A, atrás do Boavista no saldo de gols. Agora o elenco principal comandado por Jorge Jesus assumirá a tarefa de classificar a equipe à semifinal da Taça Guanabara a partir do jogo contra o Resende, também no Maracanã, na próxima segunda-feira.
Apesar da derrota, o time saiu de campo aplaudido pela torcida, grande maioria dos mais de 46 mil presentes no Maracanã, recorde de público do campeonato e do Brasil na temporada
— Acho que não faltou raça, não faltou empenho, não faltou nada. O Fluminense é uma equipe boa também, e veio com o time completo. Essa torcida maravilhosa que veio desde o jogo contra o Macaé, a equipe toda praticamente sub-20, nenhum minuto eles deixaram de cantar. Hoje não saímos com a vitória e eles continuam cantando. Isso me emociona. Fico muito feliz em contar com todos da nação. Daqui a pouco não sei o que vai acontecer, o Mister já vai voltar, a equipe lá já vai voltar, mas eu tô preparado para o que der e vier. Cada vez mais esse clube tá revelando jogador da base, como aconteceu agora com Reinier, e tem muita gente boa ainda por vir — disse o capitão Hugo Moura à FLA TV.
Mais do que a derrota, a partida ficou negativamente marcada por um episódio lamentável na arquibancada: a torcida do Fluminense cantou “time assassino” em referência à tragédia do Ninho.