Flamengo no Mundial Sub-20: como joga e diferenças entre Filipe Luís e Mário Jorge
O Flamengo se aproxima de data importante na história de suas categorias de base. A equipe comandada por Filipe Luís, ídolo e ex-jogador do clube, joga o Mundial/Intercontinental no Maracanã contra o Olympiacos. A busca pelo título inédito acontece no sábado (24), às 16h (horário de Brasília).
No entanto, quem comandou o time até a vaga na competição não foi Filipe Luís, que estava no Sub-17. O técnico Mário Jorge foi campeão da Libertadores Sub-20 pelo clube antes de aceitar uma proposta irrecusável para comandar a seleção da Arábia Saudita Sub-17. Com a mudança, o MRN procurou Darleson Soares, analista especializado nas categorias de base do Flamengo, para explicar as principais mudanças na equipe.
Filipe Luís prioriza jogo curto, diferentemente de Mário Jorge
Darleson explica que, enquanto Mário Jorge buscava a bola longa na saída de bola com três jogadores, Filipe Luís quer que os jogadores se associem mais, trocando passes curtos em busca de espaços.
“Com a bola, apesar de jogar num esquema no papel similar ao antecessor, é um treinador que oferece comportamentos táticos diversos. Mário Jorge apresentava uma saída de três e quando tinha oportunidade, fazia essa bola chegar ao ponta para tentar encarar a defesa de frente (muitas vezes, utilizando a bola longa). O atual treinador, por sua vez, aposta muito na circulação de jogo e toques curtos, com triangulações pelo meio e apoio em jogadas típicas de pivô. O ídolo Rubro-negro apresenta muita adaptação e um repertório grande de ataque”, analisa Darleson.
Na defesa, Filipe Luís, assim como fazia Jorge Jesus, gosta de subir as linhas de marcação para forçar o erro adversário. Mas Darleson aponta para um erro que ainda existe no jogo defensivo de Filipe Luís, que segue adaptando seu estilo de jogo como técnico.
“Defendendo, o atual treinador aposta muito na pressão a frente, utilizando muitas vezes marcação individual na saída de acordo com a posição da bola, povoando bem o lado da pelota e quando a rouba, saindo com velocidade para definir. Entretanto, apresenta problemas com compactação e às vezes bola longa, com uma distância considerável da zaga para os meio campistas nessa pressão”, explica.
Lorran é principal arma do Flamengo Sub-20
Para que essas táticas funcionem, Filipe Luís precisa que seus jogadores apliquem da maneira correta, e a vitória só virá com a estrela dos jovens craques brilhando, também, individualmente. Questionado sobre em qual jogador o torcedor pode depositar sua confiança, Darleson aposta em Lorran como principal arma para o Rubro-Negro no Intercontinental. O jovem marcou o gol do título da Libertadores sobre o Boca Juniors.
Além disso, o analista aponta para João Victor como grande surpresa. Isso porque o atleta é o único Sub-17 que tem atuado nessa equipe Sub-20 de Filipe Luís, e já mostra algumas valências positivas importantes. “Zagueiro técnico, com boa postura, embora falte mais intensidade nos duelos físicos”, explica Darleson.
Em meio ao jogador candidato a brilhar e a surpresa, Darleson também traz a provável escalação do Flamengo de Filipe Luís para enfrentar o Olympiacos, no Maracanã. Shola é mais um nome conhecido, assim como Matheus Gonçalves, que já atuou em algumas partidas do profissional.
Dyogo Alves; (2004), Daniel Sales (2006), Iago (2005), João Victor (2007), Zé Welinton; Rayan Lucas (2005), Caio Garcia; (2004), Matheus Gonçalves (2005), Lorran (2006), Shola (2005); Wallace Yan (2005).
Ingressos para o jogo no Maracanã
A expectativa é de casa cheia, principalmente com ingressos a partir de R$ 22,50. Para fazer parte dessa história, basta acessar https://flamengo.superingresso.com.br.
O Flamengo vem de empate por 2 a 2 com o Internacional na última rodada do Brasileirão Sub-20. A equipe já estava classificada para o mata-mata, e seguiu em segundo lugar, atrás do Palmeiras.