Flamengo define o que fazer com Maracanã após levantar estádio próprio
O Flamengo segue negociando para conseguir comprar o terreno do Gasômetro. A ideia é construir seu estádio próprio no local. Para isso, o clube atua em duas frentes. Isso porque, além da criação do empreendimento, há também a tentativa de conseguir a longa concessão de 20 anos do Maracanã.
Rodolfo Landim não quer ficar sem local para jogar. Por isso, prepara o terreno para possíveis problemas no percurso. Para 2024, a concessão provisória foi renovada. Mas o edital para a concessão de 20 anos fica aberto para candidaturas até dezembro.
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Em entrevista ao jornalista Mauro Cezar Pereira, Landim contou detalhes estratégicos sobre o novo estádio que quer erguer. Mas o mandatário também foi indagado por conta do Maracanã. O Flamengo, afinal, vai ficar com o novo estádio e o Maracanã?
Landim respondeu dizendo o que fará com o estádio. As opções vão ao encontro do que o MRN havia publicado. Alugar para shows e eventos é uma das opções. Também é possível alugar para parceiros. O Fluminense vai seguir jogando no local e o Flamengo permanece na gestão do estádio. Uma novidade trazida por Landim é ceder para a CBF.
“Aí sim poderíamos usar o Maracanã para shows. Repassar para alguém. O Fluminense seguiria jogando lá… Esse seria um problema bom para resolver e a própria CBF precisa de um estádio. Os grandes jogos ela sempre quis colocar no Maracanã. Seria como é em Wembley. Sabemos administrar estádio. Chegamos lá e tinham 28% das lâmpadas que acendiam. Vasos quebrados, não funcionava a estação de tratamento de esgoto. Hoje, tudo lá funciona”, diz o mandatário.
Landim não quer eventos no novo estádio do Flamengo
Rodolfo Landim complementa a informação falando sobre o possível estádio próprio do clube. O presidente não quer shows ou diferentes eventos no local. Para esse tipo de situação, a ideia é, de fato, alugar o Maracanã
“Será um estádio somente para futebol. Com gramado natural. Se quiserem fazer shows, façam no Maracanã depois que acabar a temporada. No estádio, sim, teremos museu. Restaurante, loja lá dentro”, conta o mandatário.
A ideia de Landim é colocar o sistema de reconhecimento facial na entrada dos jogos. Sobre a precificação, o torcedor comum e assíduo terá descontos. O lucro maior do Flamengo será com camarotes. Empresas e grupos com dinheiro para gastar.
“A ideia é ter uma área para o torcedor raiz, que vai aos jogos, com preço estabelecido pela frequência. Com o reconhecimento facial não tem como passar para outra pessoa. Então se ele é frequente nessa área, passa a ter o ingresso mais barato em parte do estádio. A grande receita virá de camarotes, de empresas, de quem estará disposto a pagar dez vezes mais do que o torcedor comum, com lounges onde possam levar o pessoal deles, etc”, comenta.