Flamengo homenageia Juliana Marins antes de vitória no Brasileirão

A tarde de sábado (12) no Maracanã foi palco não apenas de um grande jogo pelo Brasileirão, mas também de um momento de respeito e rubro-negrismo. Antes do apito inicial da partida contra o São Paulo, o Flamengo prestou uma tocante homenagem póstuma a Juliana Marins, a publicitária de 26 anos cuja trágica morte no mês passado comoveu o país.
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No telão do estádio, uma foto de Juliana, sorridente e vestindo o Manto Sagrado, foi exibida para os quase 70 mil torcedores presentes. A imagem vinha acompanhada da frase: "Homenagem póstuma a Juliana de Souza Pereira Marins. Ilustre torcedora do Flamengo". O gesto foi compartilhado pelo pai da jovem em seu perfil no Instagram.

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Juliana faleceu no final de junho após cair da trilha do vulcão Monte Rinjani, na Indonésia. O caso ganhou repercussão internacional, unindo pessoas de diversas partes do mundo em uma corrente de solidariedade.
Ela foi vista com vida por um drone horas após a queda, o que alimentou as esperanças de um resgate bem-sucedido. No entanto, após quatro dias de buscas intensas em um terreno extremamente íngreme, seu corpo foi encontrado por alpinistas voluntários.
A homenagem no Maracanã se junta a outras manifestações de carinho. Em Niterói, sua cidade natal, o mirante e a trilha da Praia do Sossego, em Camboinhas, um lugar que Juliana amava, receberam placas com seu nome.
Perícia sobre morte de Juliana
Segundo o "Globo", na última sexta-feira (11), novos detalhes sobre a morte da jovem vieram à tona. Peritos responsáveis por uma segunda autópsia, realizada no Rio de Janeiro a pedido da família, estimaram que Juliana sobreviveu por cerca de 32 horas após a queda.
A análise, que contou com o auxílio de um especialista em entomologia forense, se baseou no desenvolvimento de larvas encontradas no corpo para calcular o tempo aproximado do óbito.
O laudo confirmou que a causa da morte foi uma hemorragia interna severa, resultado de politraumatismos consistentes com uma queda de grande altura. Foram identificadas múltiplas fraturas nas costelas, fêmur e pelve, além de lesões em órgãos vitais como fígado, rins e pulmões.
O corpo de Juliana Marins foi sepultado no dia 4 de julho em Niterói. A cerimônia, marcada por grande comoção, reuniu familiares, amigos e dezenas de pessoas que acompanharam sua história. A família optou pelo sepultamento em vez da cremação para preservar a possibilidade de futuras análises, caso sejam necessárias para a investigação.