Flamengo e sua história com técnicos estrangeiros

13/08/2017, 15:42

Nesta manhã, o técnico colombiano Reinaldo Rueda desembarcou no aeroporto do Galeão para assinar com o Flamengo até o final de 2018. Após 36 anos o Fla volta a ter um técnico gringo comandando sua equipe profissional. Rueda é o décimo na história do Clube.

No Brasil, muito se fala que os técnicos de fora não conseguem vingar no país do futebol. Mas no Flamengo a história é um pouco diferente. Veja como foram as passagens dos técnicos gringos pelo Mais Querido:

Modesto Bria

Bria também teve participação importante na chegada de Zico ao Flamengo.

Último técnico estrangeiro do Flamengo, o paraguaio Modesto Bria foi um dos destaques do primeiro tricampeonato carioca do clube (1942/1943/1944), como jogador. Na função de técnico, teve cinco passagens pelo Flamengo, onde comandou a equipe profissional do clube em 84 oportunidades (47 vitórias, 16 empates, 21 derrotas). Sua última passagem pelo Fla foi no mágico ano de 1981, quando comandou o Fla em 17 oportunidades.

Bria também teve participação importante na chegada de Zico ao Flamengo. Em 1967, quando treinava o time juvenil do Fla, foi apresentado a um menino franzino cujo apelido era Zico, levado para a Gávea pelo radialista Celso Garcia. O físico do jovem Arthur Antunes Coimbra deixou o paraguaio com um "pé atrás". Mas bastou permitir que Zico fizesse um teste no clube para se impressionar com a qualidade do garoto. O final da história todo mundo já sabe.

Fleitas Solich

Segundo técnico que mais comandou o Flamengo

Com quatro passagens pelo Flamengo, o paraguaio Freitas Solitch comandou a equipe profissional em 526 partidas (306 vitórias, 111 empates, 109 derrotas). É o segundo treinador que mais comandou o Flamengo na história, perdendo apenas para Flávio Costa (776 jogos). Sua última passagem pelo Flamengo foi em 1971.

Na Gávea, El Brujo (como era chamado) fez história. Comandou a reformulação do time, fazendo fama pela capacidade de revelar bons jogadores como Dida, Evaristo e Zagallo. Conquistou o segundo tricampeonato estadual do clube. Em 1959, acabou trocando o Flamengo pelo Real Madrid, onde conquistou a Champions League (na época Taça dos Clubes Campeões Europeus). Por lá, ficou até 1960, quando retornou ao Flamengo.

Sua lista de conquistas no Fla é vasta:

Torneio Rio-São Paulo: 1961

Campeonato Carioca: 1953, 1954 e 1955

Taça dos Campeões Estaduais Rio–São Paulo: 1956

Torneio Quadrangular de Curitiba: 1953

Torneio Internacional do Rio de Janeiro: 1954

Torneio Internacional Gilberto Cardoso: 1955

Troféu Embaixador Oswaldo Aranha: 1956

Taça Brasília: 1957

Troféu Ponto Frio: 1957

Troféu AIK Fotboll: 1957

Torneio Octogonal de Verão: 1961

Troféu Pinto Magalhães: 1961

Taça Presidente Médici: 1971

Armando Renganeschi

Argentino Armando Renganeschi

O argentino Armando Renganeschi comandou a equipe do Fla em 129 jogos (56 vitórias, 35 empates, 38 derrotas). No Mais Querido, foi campeão estadual em 1965 e do Torneio Quadrangular de Guaiaquil (EQU) em 1966. O último jogo do hermano comandando o Flamengo foi em uma vitória sobre o Barcelona (1 a 0), no troféu Ibérico, em 1967.

Charles Williams

Primeiro técnico profissional da história do futebol brasileiro, o inglês Charles Williams não teve uma passagem memorável pelo Flamengo. Comandou a equipe de 1930 até 1931, em 45 jogos (16 vitórias, 4 empates, 25 derrotas).

Izidor Krüschner (ou Dori Krueschner)

Com passagens por Bayern de Munique, Eintrancht Frankfurt e outros europeus, o húngaro Dori Kruschner comandou o Flamengo em 71 jogos (vitórias: 39 vitórias, 11 empates, 21 derrotas).

O técnico chegou clube contratado pelo então presidente José Bastos Padilha. A missão de Kruschner não era nada fácil: mudar o futebol brasileiro. Inovou taticamente, em treinamentos e preparação física. Ficou famoso por implantar uma variação do esquema 3-4-3, o WM (três defensores, dois meias de velocidade, dois pontas e um centroavante. No Mais Querido, conquistou a Taça da Paz, em 1937.

Ernesto Santos

O português Ernesto Santos não se destacou como técnico do Flamengo. Em sua passagem, em 1947, comandou a equipe em 48 jogos ( 27 vitórias, 10 empates, 11 derrotas).

Cândido de Oliveira

Português Cândido de Oliveira

Outro técnico português que não fez sucesso no Flamengo foi Cândido de Oliveira, um dos maiores nomes da história do futebol de Portugal. Em 1950, comandou a equipe profissional do Fla em apenas 13 oportunidades (4 vitórias, 2 empates, 7 derrotas).

Juan Carlos Bertoni

Grande nome do futebol uruguaio, Juan Carlos Bertoni teve uma boa passagem pelo Flamengo, onde comandou a equipe em 109 jogos (63 vitórias, 21 empates, 25 derrotas), entre 1925 e 1928.

Ramón Platero

O urugaio Ramón Platero foi o primeiro técnico a comandar sozinho uma equipe do Flamengo. Comandou a equipe em apenas 9 jogos (3 vitórias, 2 empates, 4 derrotas), em 1921.

O Mundo Rubro Negro precisa do seu apoio. Contribua mensalmente com nosso trabalho. Clique aqui: bit.ly/ApoiadorMRN



Tags:
Partilha