Nesta manhã, o técnico colombiano Reinaldo Rueda desembarcou no aeroporto do Galeão para assinar com o Flamengo até o final de 2018. Após 36 anos o Fla volta a ter um técnico gringo comandando sua equipe profissional. Rueda é o décimo na história do Clube.
No Brasil, muito se fala que os técnicos de fora não conseguem vingar no país do futebol. Mas no Flamengo a história é um pouco diferente. Veja como foram as passagens dos técnicos gringos pelo Mais Querido:
Modesto Bria
Último técnico estrangeiro do Flamengo, o paraguaio Modesto Bria foi um dos destaques do primeiro tricampeonato carioca do clube (1942/1943/1944), como jogador. Na função de técnico, teve cinco passagens pelo Flamengo, onde comandou a equipe profissional do clube em 84 oportunidades (47 vitórias, 16 empates, 21 derrotas). Sua última passagem pelo Fla foi no mágico ano de 1981, quando comandou o Fla em 17 oportunidades.
Bria também teve participação importante na chegada de Zico ao Flamengo. Em 1967, quando treinava o time juvenil do Fla, foi apresentado a um menino franzino cujo apelido era Zico, levado para a Gávea pelo radialista Celso Garcia. O físico do jovem Arthur Antunes Coimbra deixou o paraguaio com um "pé atrás". Mas bastou permitir que Zico fizesse um teste no clube para se impressionar com a qualidade do garoto. O final da história todo mundo já sabe.
Fleitas Solich
Com quatro passagens pelo Flamengo, o paraguaio Freitas Solitch comandou a equipe profissional em 526 partidas (306 vitórias, 111 empates, 109 derrotas). É o segundo treinador que mais comandou o Flamengo na história, perdendo apenas para Flávio Costa (776 jogos). Sua última passagem pelo Flamengo foi em 1971.
Na Gávea, El Brujo (como era chamado) fez história. Comandou a reformulação do time, fazendo fama pela capacidade de revelar bons jogadores como Dida, Evaristo e Zagallo. Conquistou o segundo tricampeonato estadual do clube. Em 1959, acabou trocando o Flamengo pelo Real Madrid, onde conquistou a Champions League (na época Taça dos Clubes Campeões Europeus). Por lá, ficou até 1960, quando retornou ao Flamengo.
Sua lista de conquistas no Fla é vasta:
Torneio Rio-São Paulo: 1961
Campeonato Carioca: 1953, 1954 e 1955
Taça dos Campeões Estaduais Rio–São Paulo: 1956
Torneio Quadrangular de Curitiba: 1953
Torneio Internacional do Rio de Janeiro: 1954
Torneio Internacional Gilberto Cardoso: 1955
Troféu Embaixador Oswaldo Aranha: 1956
Taça Brasília: 1957
Troféu Ponto Frio: 1957
Troféu AIK Fotboll: 1957
Torneio Octogonal de Verão: 1961
Troféu Pinto Magalhães: 1961
Taça Presidente Médici: 1971
Armando Renganeschi
O argentino Armando Renganeschi comandou a equipe do Fla em 129 jogos (56 vitórias, 35 empates, 38 derrotas). No Mais Querido, foi campeão estadual em 1965 e do Torneio Quadrangular de Guaiaquil (EQU) em 1966. O último jogo do hermano comandando o Flamengo foi em uma vitória sobre o Barcelona (1 a 0), no troféu Ibérico, em 1967.
Charles Williams
Primeiro técnico profissional da história do futebol brasileiro, o inglês Charles Williams não teve uma passagem memorável pelo Flamengo. Comandou a equipe de 1930 até 1931, em 45 jogos (16 vitórias, 4 empates, 25 derrotas).
Izidor Krüschner (ou Dori Krueschner)
Com passagens por Bayern de Munique, Eintrancht Frankfurt e outros europeus, o húngaro Dori Kruschner comandou o Flamengo em 71 jogos (vitórias: 39 vitórias, 11 empates, 21 derrotas).
O técnico chegou clube contratado pelo então presidente José Bastos Padilha. A missão de Kruschner não era nada fácil: mudar o futebol brasileiro. Inovou taticamente, em treinamentos e preparação física. Ficou famoso por implantar uma variação do esquema 3-4-3, o WM (três defensores, dois meias de velocidade, dois pontas e um centroavante. No Mais Querido, conquistou a Taça da Paz, em 1937.
Ernesto Santos
O português Ernesto Santos não se destacou como técnico do Flamengo. Em sua passagem, em 1947, comandou a equipe em 48 jogos ( 27 vitórias, 10 empates, 11 derrotas).
Cândido de Oliveira
Outro técnico português que não fez sucesso no Flamengo foi Cândido de Oliveira, um dos maiores nomes da história do futebol de Portugal. Em 1950, comandou a equipe profissional do Fla em apenas 13 oportunidades (4 vitórias, 2 empates, 7 derrotas).
Juan Carlos Bertoni
Grande nome do futebol uruguaio, Juan Carlos Bertoni teve uma boa passagem pelo Flamengo, onde comandou a equipe em 109 jogos (63 vitórias, 21 empates, 25 derrotas), entre 1925 e 1928.
Ramón Platero
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